Ficou para 2020 a votação no Senado do projeto que visa estimular os clubes a se tornarem empresas. A previsão é que o texto chegue ao plenário em fevereiro, quando os parlamentares voltam do recesso de fim de ano. O período de descanso servirá para o deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) chegarem a um consenso sobre as duas propostas que tramitam em Brasília.
Pedro Paulo foi relator do projeto aprovado na Câmara dos Deputados há duas semanas. Rodrigo Pacheco tem um projeto parecido que tramita no Senado. Ambos dizem que falta pouco para o entendimento. O presidente do Senado, Davi Alcalumbre (DEM-AP), já avisou aos dois parlamentares que colocará para votação assim que houver um único texto, juntando as principais propostas de cada um. Os três são do mesmo partido.
O senador sugere a criação da SAF (Sociedade Anônima do Futebol), uma estrutura societária específica para os clubes se tornarem empresas. Pedro Paulo acredita que é possível adaptar o modelo vigente empresarial para o mundo da bola. "Queremos incorporar elementos do texto do senador para o projeto que já foi aprovado pela Câmara. Estamos bem alinhados e acredito que na volta do recesso vamos colocar para votação", informou Pedro Paulo ao Estado.
Rodrigo Pacheco vai na mesma linha e lembra de dois pontos convergentes. "A atração de recursos disponíveis do mercado para atividade futebolística depende, essencialmente, de dois fatores: revisão do modelo associativo dos clubes e incentivo ao direcionamento de recursos privados."