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Programa une empresas em nova cultura empreendedora

Um programa criado para ajudar na inclusão de pessoas com deficiências no mercado de trabalho tem alcançado não só o objetivo proposto, mas unido as empresas na formação de uma nova cultura empreendedora. Especialistas em Tecnologia da Informação (TI), designers, programadores, engenheiros, universitários entre outros profissionais estão, cada vez mais, formando grupos dispostos a apresentar soluções inovadoras ao mercado. É justamente isto que está acontecendo neste fim de semana, em Ponta Grossa.

Desde o começo da noite desta sexta-feira aproximadamente 50 pessoas, entre empresários, autônomos e universitários, estão reunidos no Auditório da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg) pensando de forma conjunta. Divididos em equipes, eles têm até amanhã, domingo, para apresentar em torno de dez soluções na área da acessibilidade. Se antes os profissionais atuavam isoladamente na busca pelo novo, agora a união os leva para uma espécie de nova cultura empreendedora, onde o produto final não vem de uma cabeça, mas de várias.

O Somos – Hackathon de Acessibilidade é uma realização do Programa de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho (PROPcD) e do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (Sebrae) Ponta Grossa. A competição conta ainda com cerca de 30 mentores também de diversas áreas, além de cadeirantes dispostos a colaborar com o desenvolvimento das ideias.

De acordo com a consultora do Sebrae/PR, Thaise Amaral Orita, esta competição está sendo bastante diferente porque o PROPcD permite trabalhar um tema que não é comum a rotina de todas as pessoas, mas une a sociedade para pensar sobre o que passam no dia a dia os que têm alguma deficiência. “É um evento diferenciado e trabalhado para pessoas que sabem para quem vai a solução, que não é uma prefeitura, uma entidade ou o Sebrae, mas para uma pessoa física, para algum deficiente físico, visual, auditivo”, diz.

 

Divulgação

Maratonistas têm 72 horas para trazer soluções em acessibilidade

Foto: Fábio Matavelli

Tema é trabalhado em local

preparado para acessibilidade

O tema do Somos está sendo trabalhado em um local espaçoso, no entanto ainda sim há entraves, o que reforça a importância de se trabalhar com acessibilidade. “Este hackathon não tem tanta inscrição por conta do espaço, como vamos trabalhar acessibilidade precisamos deixar bastante acesso entre as mesas. Não poderíamos colocar mais participantes senão faltaria espaço para os cadeirantes andar entre as mesas e fazer a mentoria”, explica a consultora do Sebrae/PR, Thaise Amaral Orita.

Entre os maratonistas têm pessoas de 15 a 50 anos de idade. São jovens interessados em ingressar no mercado empreendedor através de alguma ideia inovadora. Há também muitos universitários e empresários de vários ramos.

 

Maratona deve atrair mais empresários

Membro do comitê gestor do gestor do PROPcD, Elisa Silveira observa que esta maratona pode atrair um número maior de empresas para o programa, que hoje está com 32 conveniadas. São empreendedores que integram o comitê gestor.

Para Elisa, o Somos – Hackathon de Acessibilidade pode ser pioneiro no Brasil, já que não se tem notícia de outro com o mesmo tema. Ela lembra que há pouco houve uma competição sobre mobilidade urbana em Ponta Grossa.

Elisa conta que a ideia desta maratona surgiu numa reunião do PROPcD, com empresários e instituições que comentaram sobre o sucesso de uma competição anterior sobre outro assunto. “Até o Senai sugeriu um hackathon com este tema”, lembra.

Segundo ela, a expectativa é que o resultado seja bastante positivo. “Estas soluções podem trazer muita coisa boa para as instituições e sociedade”, diz.

 

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