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Procon defende ação proativa de consumidores

O Procon de Ponta Grossa celebra o Dia Mundial do Consumidor, nesta terça-feira (15), com uma estatística animadora: cerca de 85% das queixas apresentadas ao órgão – que é subordinado à Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública – são resolvidas imediatamente ou em prazo bem curto. O coordenador executivo do órgão, Edgar Hampf, afirma que a legislação que estabelece e garante o exercício dos direitos do consumidor, principalmente o Código de Defesa do Consumidor,  tem uma força incrível. “É inevitável, infelizmente, que nas relações de consumo ocorram eventuais diferenças de visão, opinião e posição. E é justamente por isso que o país dispõe hoje de uma legislação abrangente e de uma estrutura ágil e funcional”, pontua. No entanto, ele ressalta que esse amparo legal depende de uma postura ativa do consumidor.

Hampf defende que os consumidores lancem mão das ferramentas disponibilizadas pelos Procons do país inteiro não apenas para defender seus direitos, mas também para selecionar seus fornecedores. Segundo ele, isso traria inúmeras vantagens para o consumidor, entre elas uma segurança muito maior na contratação de serviços ou na aquisição de qualquer coisa, desde uma cadeira de plástico até um automóvel de luxo. “A lógica do processo é fácil de entender: um banco, antes de conceder crédito a uma pessoa, verifica se ela tem alguma pendência, dívidas, inscrições em serviços de vigilância de dados. Por que a pessoa não faz a mesma coisa em relação ao banco”?

A ideia é difundir a noção de que o consumidor tem o direito de informar-se antes sobre um determinado prestador de serviço ou fornecedor de produtos, e só depois de verificar seus “antecedentes”, escolher qual é mais confiável. “A internet e os smartphones permitem que essa busca seja extremamente rápida e simples. Os Procons, o site www.consumidor.gov.br e diversos outros sites registram as queixas mais comuns e quais fornecedores têm mais registros. A estratégia é usar esse banco de dados para selecionar de quem se irá comprar produtos ou serviços”.

Para o consumidor, essa postura proativa tem vantagens muito claras, além da segurança: “quem quer contratar ou comprar pode avaliar o ranking dos fornecedores e, com isso, evitar uma série de aborrecimentos, que vão desde a demora na entrega ou na execução do serviço até a dificuldade em obter informações sobre assistência técnica, por exemplo”, explica Hampf.

O processo todo é bastante simples: em qualquer mecanismo de busca, o consumidor digita o nome do fornecedor de quem pretende obter as referências e a expressão “Procon”. A seguir, surgem páginas de registros de reclamações e as menções que são feitas a esse fornecedor, em particular nos rankings dos principais Procons do país. “Uso de novo o exemplo das instituições financeiras: elas sempre se cercam de cuidados antes de conceder crédito. Por que o consumidor não faz a mesma coisa? Ele também pode selecionar a instituição financeira que tem menos reclamações e que não apresenta queixas em relação ao produto ou serviço que ele quer adquirir”, esclarece o coordenador.

Para os fornecedores também é vantajoso: “se o consumidor tomar esse tipo de atitude, estará fortalecendo a posição de todos os consumidores, e levando os fornecedores que não respeitam seus clientes a mudar sua atitude. Sob pena de ficarem às moscas”. A informação, explica Edgar Hampf, “é a mais poderosa das armas do consumidor. E deve ser utilizada também para selecionar os fornecedores que merecem a sua confiança”.

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