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Prejuízo na safra de grãos chega a R$ 45 mi

 

Fábio Mataveli
Élio Degraf mostra milho em área não afetada pela estiagem

 

 

Antes mesmo de iniciar a colheita, produtores de milho e feijão dos Campos Gerais (18 municípios) estão contabilizando os prejuízos provocados pela estiagem. Neste momento, o Departamento de Economia Rural (Deral) do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) em Ponta Grossa calcula uma perda aproximada de R$ 45 milhões, sendo R$ 25 milhões nas lavouras de milho e R$ 20 milhões nas de feijão.

De acordo com Luiz Alberto Vantroba, economista do Deral, os agricultores começarão a colher o milho no final deste mês ou início de fevereiro, mas entre 5% e 10% da área plantada (139.180 hectares) está comprometida. “Com as chuvas entre o Natal e o Ano Novo temos uma estagnação nas perdas. As pancadas acabaram atingindo toda a região, com índices variando de 10 milímetros a 70 milímetros”, comenta.

Na época do plantio, a produtividade inicial prevista era de 9 mil quilos por hectare. Agora, a expectativa é 8.850 quilos por hectare, o que deverá resultar numa produção final de 1,18 milhão de toneladas. Inicialmente, os produtores aguardavam colher 1,25 milhão de toneladas.

Quem está começando a colher feijão já percebe os efeitos da seca. O Deral estima uma quebra na safra entre 10% e 20%. Na área plantada (52.430 hectares), a rentabilidade inicial era 2.200 quilos por hectare, neste momento caiu para 1.900 quilos por hectare. “A produção esperada era de 115.300 toneladas, mas agora deve ser de 99.100 toneladas”, calcula Vantroba. A redução é superior a 16 mil toneladas (267 mil sacas).

Chuva

O produtor Élio Degraf, em Ponta Grossa, se prepara para uma boa colheita de milho. “Estamos tendo uma boa safra. Não tivemos problemas com a estiagem”, conta. No entanto, ele aguarda chuva para os próximos dias. “Como o milho ainda está verde, então vamos precisar de um pouco de chuva”, diz.

Soja

A expectativa do Deral é manutenção na produtividade inicialmente prevista, de 3.400 quilos por hectare. Como a maior parte da soja plantada na região está em desenvolvimento vegetativo e uma pequena área em floração, a estiagem não trouxe prejuízos.

 

 

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