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Prefeito de Tibagi defende emancipação

Divulgação

RETORNO Sinval Silva, prefeito de Tibagi, durante solenidade em que reassumiu o comando do Município

 

Após um período de 30 dias de férias, o prefeito de Tibagi, Sinval Silva (PMDB), reassumiu o cargo ontem com novas ideias. Uma delas causou surpresa: a emancipação dos distritos de Caetano Mendes e Alto do Amparo. A proposta não é nova e foi defendida pelo ex-deputado estadual Jocelito Canto em 2007. Na época, contudo, o prefeito não via a proposta com bons olhos. Agora, há pouco mais de um ano do encerramento de seu mandato, pretende defender a causa.

Em solenidade realizada na manhã de ontem, Sinval recebeu o cargo das mãos do vice-prefeito Silvio Bittencourt, que durante os últimos 30 dias comandou a Prefeitura de Tibagi. Em seu discurso, o prefeito relatou ter visitado familiares no interior de Minas Gerais, onde conheceu três novos municípios, emancipados recentemente e que despontam para o progresso: Mamonas, Catuti e Gameleiras. “Voltei convencido de que temos de lutar pela emancipação de Caetano Mendes e Amparo. Quero o desenvolvimento dos distritos. Encaro com um filho que ao fazer 18 anos sai de casa e vai se desenvolver”, argumentou.

A possibilidade de emancipar os distritos, no entanto, é remota. Isso porque em 1996 o Congresso Nacional alterou a lei de emancipação de municípios, passando para a União a deliberação sobre o assunto. Desde então, nenhum novo município foi criado. Atualmente, existem mais de 800 pedidos para emancipação de distritos, mas como não existe uma legislação federal disciplinando a questão, tal procedimento não é possível.

Em 2007, Jocelito levantou a proposta de emancipar dos distritos de Alto do Amparo e Caetano Mendes. Na oportunidade, foram realizadas diversas reuniões com moradores dessas comunidades, mas a ideia não foi para frente justamente por conta desse impasse em torno da legislação. O próprio prefeito Sinval à época não via a proposta com simpatia, classificando a emancipação como desnecessária.

Os dois distritos ocupam dois terços do território de Tibagi, numa área em torno de 200 mil hectares. O principal argumento em defesa da emancipação era a distância da sede do município, visto que Caetano Mendes fica a 45 quilômetros do centro e Alto do Amparo a 57. Por conta desse distanciamento, muitos moradores procuram os serviços nas cidades de Reserva e Imbaú. Em sua história, Tibagi já abrigou Ortigueira, emancipada em 1951, e Ventania, que virou município em 1990. Ainda assim, permanece como o segundo maior município em extensão territorial do Paraná, perdendo apenas para Guarapuava.

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