Rubens Bueno afirma que pré-candidatos atendem a expectativas de eleitores que esperam pelo ‘novo’ na política
As eleições do ano que vem deverão ter eleitores ávidos por candidatos que representem o novo, não tenham vínculos com a velha política e que sejam dinâmicos. E os prefeitos Marcelo Rangel e César Silvestri Filho representam a resposta para estes perfis procurados pelos eleitores. A análise é do deputado federal e presidente estadual do PPS, Rubens Bueno. A sigla entende que quer lançar uma candidatura própria ao governo do estado, e os prefeitos de Ponta Grossa e de Guarapuava foram apontados como pré-candidatos.
Para Bueno, Rangel e Silvestri são figuras descompromissadas com a velha política e estão preparados para a disputa estadual. O presidente estadual do PPS ainda afirma que embora não seja irreversível, uma candidatura própria do PPS deverá ser levada pelo menos até as convenções, no ano que vem.
O deputado federal ainda comenta a crise que atinge em cheio o presidente de Michel Temer, e evita cravar um posicionamento, afirmando que o momento de turbulência pede para que se esperem pelos desdobramentos. Confira a entrevista exclusiva concedida ao Diário dos Campos.
Diário dos Campos – O PPS recentemente decidiu que defende uma candidatura própria ao governo do Paraná. Como o Sr. avalia os nomes dos prefeitos Marcelo Rangel e César Silvestri Filho como pré-candidatos?
Rubens Bueno – A conjuntura política nacional e estadual têm um espaço muito grande para novos atores, e o Marcelo Rangel e o César Silvestri Filho têm as condições, o tempo da vida, a favor para que possamos colocar um projeto à altura do momento que vivemos no nosso Estado. O PPS está discutindo a renovação dos diretórios e colocando nosso projeto, nosso desafio, para as eleições de 2018.
DC – – Esta decisão de levar um nome próprio do PPS para a majoritária no Paraná é irreversível?
Bueno – É evidente que vamos tocar com todo o esforço para que isso aconteça. E vamos chegar até junho do ano que vem, que é o prazo das convenções, e lá vamos deliberar. É evidente que nesse meio vamos ter decidir qual dos dois se torna o pré-candidato ao governo, sé o Rangel, ou o César Filho. E esta decisão vamos encaminhar com o devido cuidado e com a certeza que vamos ter um candidato a altura do momento que estamos vivendo.
DC – Atualmente, o PPS faz parte da base de apoio do governo estadual. Como ficaria a relação com o governo Beto Richa caso ele opte por uma outra candidatura na disputa no Paraná?
Bueno – Primeiro, o PPS sempre teve uma postura muito clara a respeito disso, nossa posição de apoio em determinada eleição ela se cumpre naquela eleição. Na eleição seguinte ela começa do zero, e o partido sempre fez um debate muito amplo para deliberar sobre isso. Fizemos uma reunião que mostrou claramente o desejo de uma candidatura própria.
– Como o Sr. recebeu a notícia da denúncia feita pela Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer?
Bueno – O momento é de turbulência, em que você não tem nesse momento uma saída política para uma situação como esta. O Procurador-Geral fez o pedido, o relator Fachin encaminhou para Câmara, que é quem pode decidir sobre a admissibilidade. Aceito o pedido, o presidente é afastado por seis meses, durante o processo que o Supremo vai tocar. Agora, é evidente que você não pode imaginar, de forma alguma, que vai acontecer da forma como está sendo colocada. As forças políticas dentro do Congresso nacional vão atuar nesse período e o próprio governo vai atuar. E nós temos que ver qual é o desdobramento que vai se dar, para que a gente tenha, efetivamente, um compromisso maior pelo país, pelas reformas, que são fundamentais para sair da grave crise que se encontra.
DC – Como o Sr. vê o atual momento da política no Brasil? Acredita que deverá haver uma grande renovação nas eleições do ano que vem? Acredita que novos nomes deverão ter desempenho melhor?
Bueno – Não tenho dúvidas que viveremos um momento novo nas eleições de 2018. Por isso estamos trabalhando um projeto com as figuras de Rangel e César Filho. São novos, têm toda a disposição para colocar os seus nomes a serviço do Paraná e esta clareza faz com que nós tenhamos uma oportunidade muito grande. Não tenho dúvidas que será o grande momento para figuras jovens, descompromissadas da velha política, como o Rangel e César Filho. E compromissadas com esse processo novo que estamos vivendo agora, de mudanças profundas.