Em sessão extraordinária realizada na noite de quinta-feira (03), por unanimidade, a Câmara de Carambeí decidiu pela instauração de Comissão Especial de Investigação (CEI) para apurar e investigar suposto caso de falsificação de assinaturas de documentos da Câmara.
Na ocasião, cinco vereadores suplentes tomaram posse do cargo, temporariamente – Ilson Hegler Pedroso de Oliveira (PSC/PSD/PPS), Roque do Amaral (DEM), Bauque Dykstra de Geus (DEM), Eclaiton Moreira Bueno (PDT/PT/PROS/PMB) e Janiel de Almeida Rodrigues (PDT/PT/PROS/PMB). Em decisão unânime, nove vereadores votaram pela abertura da comissão. Não votaram o presidente da Casa, vereador Diego Macedo (PSD), e Elio Alves, o Ratinho (PT), que pediu a abertura da CEI.
Os suplentes foram convocados porque o pedido de abertura da comissão de investigação recai sobre os vereadores Antonio Joel Cosa (DEM); Emerson Plovas Bueno, o Sheik (PSC); Jeverson Gomes da Silva (PDT); Paulo Sergio Valenga (PDT) e João Penteado (DEM), que não poderiam votar.
E, diante de uma galeria lotada, o discurso foi em moralizar as ações do Legislativo. "Esta Casa é digna e daqui tem que sair documentos sérios, que mostrem a integridade da Câmara Municipal. O que aconteceu aqui é vergonhoso, não apenas para os vereadores, mas para toda a população de Carambeí", destacou Ilson Pedroso. "A postura mínima que se espera de um representante eleito pelo povo é ter conduta exemplar. É preciso mostrar que nenhum integrante da Câmara está acima da Lei e a forma de fazer isso é aprovar a instauração da CEI", completou Eclaiton Bueno.
Comissão
Na próxima semana serão escolhidos os três vereadores que vão compor a Comissão, entre quatro que poderão participar – Ricardo Enevan (PSD), Lourival Iaros (PSD), Diego Silva (PR) e Joel Aparecido Costa Rosa (DEM).
Ficarão de fora os cinco vereadores investigados, o presidente da Câmara e o parlamentar que pediu a abertura da CEI. Caberá aos integrantes da CEI ouvir os vereadores envolvidos na denúncia e verificar os documentos.
Paralelo a isso, denúncia sobre o caso foi feita na Delegacia de Polícia e no Ministério Público, que também investiga a situação. "Deveríamos estar trabalhando para bem do município e não investigando os próprios vereadores. Mas, estamos na Câmara para dar exemplo. A partir do momento que falamos em combater a corrupção, não podemos fazer 'vista grossa' a este tipo de situação", frisa o presidente Macedo. (P.L.)
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