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Policiais que usaram armas letais em manifestação já foram identificados

O secretário de Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal (SSP-DF), Edval de Oliveira Novaes Júnior, disse hoje (25) que os policiais que utilizaram armas de fogo durante a manifestação de ontem (24) na Esplanada dos Ministérios já foram identificados e o inquérito policial já foi aberto. “A regra é a utilização de armamento não letal e de uso progressivo da força. Isso foi uma exceção, não estava previsto (o uso de arma letal) e estamos apurando rigorosamente”, disse, explicando que estes policiais serão responsabilizados.

Segundo Novaes, quase 3 mil policiais militares trabalharam ontem exclusivamente nas manifestações, aproximadamente 25% do efetivo da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). “Se as manifestações acontecessem de forma pacífica, seria mais que suficiente. Agora, sem dúvida, a quantidade de pessoas que vieram para causar problemas, para chegar aos pontos onde não poderiam e causar danos ao patrimônio, foi superior ao que vinha se observando”, disse o secretário.

Ele explicou que a manifestação de ontem começou de forma pacífica, mas alguns grupos tentaram furar a barreira de policiais para chegar até o Congresso Nacional, e isso foi evitado pela Polícia Militar. “Existe um protocolo tático integrado e ele foi seguido à risca por parte do governo do DF, da PM-DF e do Corpo de Bombeiros. Nosso efetivo estava dimensionado e tinha informações que haviam pessoas infiltradas que iam causar problemas como de fato aconteceu”, disse.

Parte dessas pessoas, segundo ele, acabaram se espalhando e depredando os ministérios. “Foi um trabalho de movimentação contínuo de toda a polícia na Esplanada. Tanto que no fim do dia a situação foi restabelecida e todos os ministérios estavam liberados”, disse Novaes.

A Polícia Civil instaurou 12 procedimentos, sendo que oito pessoas foram conduzidas ao Departamento de Polícia Especializada (DPE). Três delas foram presas por porte de substância entorpecente para consumo pessoal e porte de arma branca, uma por porte de arma branca, duas por resistência e pichação, uma por lesão corporal e resistência e uma por desacato. A Polícia Civil ainda trabalha na identificação e responsabilização de outras pessoas pelos atos de ontem.

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