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Policial batia na porta dos caminhões e mandava seguir mesmo com o povo à frente
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Agente usou arma de choque contra os caminhoneiros e mulheres. Crianças estavam no local
Um policial rodoviário federal chegou a sacar e usar uma arma de choque para dispersar os caminhoneiros, ontem, em Ponta Grossa. Ele tentava fazer com que os manifestantes, inclusive mulheres e crianças, saíssem do local para os caminhões passarem. O mesmo policial chegou, segundos mais tarde, a bater na porta de um dos caminhões e mandar que o motorista seguisse em frente mesmo com as pessoas paradas na pista (veja o vídeo http://www.diariodoscampos.com.br/videos/2015/02/prf-usa-arma-de-choque-em-paralisacao-de-caminhoneiros-na-br-376/1279429/).
Não somos bandidos. Quando eles (policiais) fazem greve ninguém os ataca com armas de choque ou manda sair do movimento e ir para casa. Porque eles podem fazer greve e nós não podemos, questionava um caminhoneiro (nome também preservado).
Em entrevista ao Diário dos Campos, o inspetor Haroldo Luís Rausch, da PRF, disse que a polícia agiu no início do protesto para liberar a passagem de veículos leves, ônibus e ambulâncias, bem como de cargas perecíveis. Nosso objetivo principal era este, informou.
Para o inspetor, todo início de protesto é tenso por parte dos manifestantes, mas depois os ânimos vão se acalmando e as pessoas analisando as possibilidades. Equipes da PRF vão continuar acompanhando o protesto. O Batalhão de Trânsito da Polícia Militar foi chamado na Avenida (proximidade do Jardim Maracanã), onde permaneceu no local por aproximadamente uma hora, com três viaturas. O Corpo de Bombeiros também foi acionado para apagar o fogo ocasionado pela queima de pneus na pista.
Políticos
Os caminhoneiros questionaram, ainda, sobre a ausência de políticos nos protestos. Para eles, os políticos deveriam estar presentes nas manifestações como forma de ouvir a classe e apoiar a mesma.