Produtores de aves e suínos estão enfrentando dificuldades no abastecimento de insumos e liberação de cargas perecíveis em meio aos vários piquetes armados por frentes sindicais de caminhoneiros. A informação é do presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra que, desde sábado, tem recebido diversos relatos de produtores e agroindústrias de aves e suínos sobre os problemas causados pela paralisação no país.
Os piquetes afetam regiões produtoras de aves e suínos, em especial no Sudeste e no Sul. As frentes sindicais que estão promovendo a greve precisam se sensibilizar quanto ao gravíssimo problema que podem gerar, impedindo que cargas vivas, produtos perecíveis e insumos para as granjas cheguem ao seu destino. Animais podem morrer de fome e alimentos serão perdidos, alerta Turra.
Conforme o presidente da ABPA, empresas alertam que há paralisação total em importantes rodovias de escoamento de insumos e da produção de aves e suínos, como é o caso da BR 282 (Santa Catarina) e da BR 153 (Rio Grande do Sul).
Articulamos durante todo o fim de semana alternativas e soluções junto aos governadores e secretarias estaduais, para diminuir os prejuízos aos produtores e às empresas. Estamos pleiteando ao poder público federal ações urgentes. A greve está penalizando a produção de alimentos e afetando a segurança alimentar do país, enfatiza Francisco Turra.
A paralisação também pode afetar o fluxo das exportações dos setores, em um momento econômico delicado. Estamos em um período de recuperação, após o desempenho negativo registrado, no mês de janeiro, em aves e suínos. Há grande preocupação, neste sentido, quanto aos impactos econômicos que a possível redução dos embarques poderá causar, aponta o presidente da ABPA.