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Péricles sugere campanha ‘O petróleo é nosso’

O deputado Péricles de Holleben Mello (PT) sugeriu, da Tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) nesta terça-feira (29) que os pedidos de intervenção militar expostos em algumas paradas da greve dos caminhoneiros sejam substituídos pela campanha 'o petróleo é nosso'. Alertando para a contradição de um movimento grevista pedir a volta do regime militar, o deputado criticou a mudança do modelo econômico feita pelo governo Temer. 
“É uma contradição óbvia, pois se vigorasse o regime militar, essa greve não seria possível. Tenho uma proposta aos caminhoneiros de todo Brasil, troquem o pedido de intervenção pela defesa do petróleo e da Petrobrás. É isso que está em jogo”, sugeriu.  
Segundo o deputado, as altas progressivas dos combustíveis são resultado de uma política econômica que privilegia o capital financeiro internacional e prejudica a população brasileira. “Nos governos do PT não existia essa política de aumentar todos os dias o preço dos combustíveis. Havia aumentos programados, de acordo com os interesses do País. Uma das medidas do atual governo foi passar no Congresso a MP 795, a chamada MP do Trilhão, que isenta as petrolíferas internacionais de impostos por 25 anos, causando prejuízo aos cofres públicos da ordem de um trilhão de reais”, lembrou Péricles. 
Além disso, o parlamentar falou sobre a política de sucateamento da Petrobrás. “As nossas refinarias estão operando com 30% de sua capacidade produtiva ociosa, com o governo comprando petróleo refinado do exterior”, salientou.
O deputado também alertou os caminhoneiros que as concessões feitas pelo governo Temer não se baseiam em mudanças estruturais. “O que foi concedido aos caminhoneiros vai ser tirado dos programas sociais. As concessionárias do pedágio já estão entrando na Justiça para cobrar pelos eixos suspensos, pois essa cobrança está prevista nos contratos criminosos assinados entre as empresas e o governo do Paraná. Além disso, podem aumentar a tarifa para compensar a falta de cobrança dos eixos suspensos”. 
Para o petista, a solução passa por tratar a Petrobrás como empresa estatal estratégica para o desenvolvimento do Brasil. “Nos governo Lula e Dilma, a Petrobrás era tratada como empresa estatal e não visava apenas o lucro para os acionistas. O que resolveria definitivamente a questão dos caminhoneiros não é intervenção militar, mas a volta de uma política de valorização das nossas refinarias, que defenda que os recursos do pré-sal sejam investidos em Saúde e Educação para nosso povo, como fazem países desenvolvidos como a Noruega”, disse, salientando que a política econômica atual está entregando as riquezas nacionais para o capital internacional.  
Por fim, Péricles voltou a sugerir a mudança no mote da greve. “Ao invés de pedir intervenção, a palavra de ordem deve ser 'o petróleo é nosso', 'não à entrega do pré-sal', 'não à venda de nossas refinarias', 'não à privatização da Petrobrás', 'não à submissão de nossa empresa mais estratégica aos interesses dos que dominam o mundo vinculados ao capital financeiro'”.
 

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