Com a oficialização pela Câmara Municipal da oferta de 23 vagas para a eleição de outubro, a expectativa em torno da disputa proporcional é grande em Ponta Grossa. Considerando as pretensões das siglas que já declararam suas metas de votação nas urnas, em pesquisa informal realizada pelo DC, já estariam faltando cadeiras, tendo em vista que 14 legendas, juntas, acreditam que têm condições de eleger em média quatro vereadores cada. A média máxima seria de 39 parlamentares eleitos e a mínima, de 31, caso isso fosse possível. Entretanto, na prática, serão apenas mais oito vagas e a disputa promete ser acirrada.
Um dos primeiros grupos a homologar as candidaturas e as coligações para a eleição proporcional foi a Frente Popular, ainda no último dia 10. O vereador e líder da bancada do PTN na Casa, Edilson Fogaça de Almeida, explica que serão lançados 97 candidatos pela Frentinha. Com a coligação entre PTN/PRB e PTC poderemos eleger entre três e cinco parlamentares, enquanto que com a PTB/PSL e PTdoB poderemos conseguir entre duas e quatro vagas na Casa, projeta.
O PMDB, que realiza sua convenção no próximo dia 28, acredita que tem condições de eleger pelo menos quatro vereadores da sigla. Mas, dependendo, se realizarmos uma coligação poderemos até eleger seis ou sete vereadores. Temos pré-candidatos bem preparados e nomes fortes para brigar por todas estas vagas, assinala.
Presidente do Democratas, o vereador Sebastião Mainardes Junior (DEM), aponta que hoje o partido pode brigar pela eleição de três vereadores na eleição de outubro. Mas, se coligarmos com outra sigla, a expectativa é de que consigamos até buscar uma quarta vaga, manifesta.
Já o PT trabalha com a possibilidade de emplacar quatro vagas na Câmara para a legislatura 2013/2016. Segundo o presidente da sigla, o deputado estadual Péricles de Holleben Mello (PT), com grande chance de firmar coligação com o PCdoB, conforme o cenário avançar em relação à eleição majoritária, o grupo pode até buscar mais uma vaga.
Em estudo
Outros partidos ainda não declararam suas pretensões, mas já estudam o cenário para a eleição proporcional com cuidado. Um exemplo é o PPS que, segundo seu presidente da cidade, o deputado estadual Marcelo Rangel, realizou encontro ontem, também para tratar dessa questão. Ainda não realizamos os cálculos, mas como contamos com bons nomes e candidatos muito bem preparados, acreditamos que vamos eleger um bom número de vereadores. Nossas expectativas são muito boas, considera.
O PDT, do empresário Márcio Pauliki, vem trabalhando com a meta mínima de obter duas vagas na Casa. Já o PSC, presidido por Marcos Zampieri, expôs que não irá coligar com nenhuma outra sigla. Para Zampieri, diante dos nomes colocados pela legenda, é possível garantir duas cadeiras e ainda brigar pela terceira. O PSDC, conforme o presidente Romualdo Camargo, poderá se coligar com PHS ou com PCdoB e PPL. Mas, com certeza, vamos eleger dois vereadores, anima-se.
Representatividade
Vereadora pelo PT e candidata à reeleição, Ana Maria de Holleben defende que com o aumento de mais oito vagas na Câmara haverá melhor condição de representatividade. A parlamentar argumenta neste sentido, enfatizando que hoje, por exemplo, os movimentos sociais terão possibilidade de tentar eleger um representante para atuar no Legislativo.
PSD ainda aguarda decisão sobre tempo de TV
O presidente do Diretório municipal do PSD, vereador Júlio Küller, explica que até a convenção do partido, na terça-feira, a sigla ainda está avaliando qual deve ser o caminho adotado em relação à eleição de outubro. Sem coligar com outros partidos, temos condições de garantir duas vagas com tranquilidade na Câmara. Mas, ainda dependemos, agora da decisão do STF [Supremo Tribunal Federal], para sabermos se teremos ou não tempo de propaganda em TV proporcional à nossa bancada, viabilizando o lançamento de uma chapa própria, expõe.
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