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Paraná apresenta diagnóstico da agricultura

 

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PROBLEMAS Ortigara: “sofremos com o envelhecimento dos profissionais e com a falta de reposição de mão de obra”

O secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, disse ontem que o Paraná está tentando superar o atraso causado pela falta de investimentos no campo nos últimos anos. “O Paraná despertou para essa área desde meados da década de 70, quando a agricultura deu um salto de qualidade e evolução tecnológica. Mas os investimentos se tornaram tímidos e não acompanharam esse avanço”, destacou Ortigara durante assembleia da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), em Cascavel.

Segundo o secretário, o Paraná enfrenta vários gargalos que dificultam a competitividade da agropecuária perante outros Estados. No entanto, devido às características empreendedoras dos paranaenses, o Paraná continua se destacando nas estatísticas nacionais de produtividade e eficiência.

Para Ortigara, o problema maior é o sucateamento enfrentado pelas autarquias e empresas ligadas à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), como Emater, Claspar, e Iapar, entre outras. “Sofremos com o envelhecimento dos profissionais e com a falta de reposição de mão de obra”, destaca. De acordo com ele, a maior parte dos funcionários de carreira desses órgãos está aposentada ou prestes a se aposentar. “Se essas pessoas decidirem não ir mais ao trabalho, acaba a pesquisa tecnológica no Estado”, advertiu.

O secretário afirmou que é compromisso do governador Beto Richa promover concursos públicos que renovem os quadros da Seab, bem como lançar programas e ações de governo que recuperam a capacidade competitiva do Estado. Entre as medidas estão a expansão da capacidade de exportação de grãos pelo Porto de Paranaguá e a construção de ferrovias, em especial ramais da Ferroeste entre Cascavel e Foz do Iguaçu (cujo recente interesse de empresas privadas argentinas pode acelerar o processo) e entre Cascavel e Guaíra.

Estradas

Ortigara também ressaltou que o Estado vai colaborar com os municípios na melhoria da trafegabilidade das estradas rurais, promovendo a recuperação de trechos ao mesmo tempo em que é feita a recuperação de solo. Esse benefício deve chegar aos 399 municípios paranaenses, em pelo menos uma microbacia por cidade.

O secretário aproveitou a oportunidade para divulgar o lançamento de um programa de distribuição de calcário e de melhoria de solo para pastagens. Por fim, afirmou que somente com o barateamento da tarifa de pedágio é que a produção primária obterá o lucro que o agricultor espera. Disse ainda que o Estado estuda o pagamento ao produtor rural que conservar intactas minas de água em sua propriedade.

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