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“Para ser potência olímpica precisamos manter o que foi feito em 2016”, destaca Emanuel 

Com uma trajetória de 25 anos como atleta do vôlei e um currículo farto, com três medalhas olímpicas no vôlei de praia – incluindo o ouro em Atenas 2004 – e 150 pódios na carreira, Emanuel Rego esteve em Ponta Grossa nesta terça-feira (19), para participar da cerimônia da 5ª edição do Prêmio Orgulho Paranaense. Aposentado das areias desde 2016, quando disputou Grand Slam do Rio de Janeiro, Emanuel esteve no Diário dos Campos, acompanhado do secretário estadual de Esporte e Turismo, João Barbiero, onde relembrou a época em que defendeu Ponta Grossa nas quadras e avaliou o cenário do esporte, além dos desafios do setor. 
Para Emanuel, o fato do país ter sediado as últimas olimpíadas também contribuiu para o estímulo ao esporte. "Com as Olimpíadas no Brasil mostramos para o mundo que o Brasil tem condições de realizar grandes eventos e criamos modelo: se algum dia no futuro desejarmos ser país formador de atletas olímpicos, a gente precisa seguir o que foi feito em 2016, com investimento e maior estrutura das confederações.  Os atletas que participaram deste ciclo tiveram as melhores condições possíveis. Caso a gente queira ser uma potência olímpica precisamos manter o que foi feito em 2016", destaca. 
Nascido em Curitiba, ele cita como exemplo de incentivo o programa TOP – Talento Olímpico, desenvolvido pelo governo do estado, acrescentando que fez parte da primeira turma do programa. "Durante o TOP, me preparei para as Olimpíadas de 2012, quando fui medalha de prata", explica. "Hoje atendemos cerca de 1,6 mil atletas no estado pelo programa, com apoio da Copel. Para o próximo ano, queremos aumentar o recurso e poder atender ainda mais atletas do estado", completa Barbiero.
Com graduação em administração e marketing, e formação em gestão esportiva pelo Comitê Olímpico do Brasil, Emanuel, que desde 2017 é diretor executivo dos esportes olímpicos do Fluminense, onde coordena 13 modalidades esportivas, vê um grande avanço do esporte no Brasil. "Eu faço uma avaliação do que era a participação do Brasil em Olimpíadas, em 1996 para cá, quando teve uma aproximação do profissionalismo no esporte. De 96 até 2018 o esporte brasileiro teve uma evolução profissional, com maior capacitação de trabalho e os atletas tiveram mais estrutura, por isso o número de medalhas cresceu tanto", expõe. "Parei de jogar profissionalmente em 2016, mas tenho algumas missões, que é ser embaixador do esporte, de maneira voluntária, para atrair mais atenção para a comunidade esportiva", frisa. 

Premiação 
Emanuel também destacou o carinho com que foi recebido em Ponta Grossa, cidade em que morou em 1990 e 1991, quando defendeu a cidade pelos Jogos Abertos e Jogos da Juventude, pelo projeto Prata da Casa. "Na época, conseguimos medalha de ouro nas duas competições. Tenho uma relação de muito carinho pela cidade e uma memória muito boa do ginásio Oscar Pereira. Então, é um prazer voltar e retribuir um pouco do amor que recebi aqui". 

Ele citou ainda a importância do Prêmio Orgulho Paranaense, que teve cerimônia realizada na noite de ontem em Ponta Grossa. "Este não é um prêmio somente para o atleta, mas prioriza o trabalho bem feito dos técnicos, das cidades e dos clubes. O prêmio carrega a força de quem produz o atleta e valoriza a raiz esportiva que o Paraná tem, pois somos um estado que é grande formador de atletas", frisa. 
 

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