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Para Marun, luta política de Marielle pode ter motivado assassinato

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que não está afastada a hipótese de a vereadora Marielle Franco (Psol), do Rio de Janeiro, ter sido assassinada por conta de sua atuação política. “Não está afastada a hipótese de que este bárbaro assassinato [tenha sido] motivado por aspectos da sua atuação parlamentar e isso torna esse crime ainda mais horrendo e absurdo”.

Recentemente, Marielle havia assumido a relatoria da comissão da Câmara de Vereadores do Rio responsável por monitorar a intervenção federal na Segurança Pública do estado. Com frequência, ela fazia denúncias contra a violência policial em comunidades.

Marun disse que ainda não há informações sobre indícios da participação de milicianos no crime. Ele ainda acrescentou que a morte da vereadora é uma prova da necessidade da intervenção federal no estado. “Esse assassinato é prova que se faz necessária a adoção de medidas extremas. A própria intervenção é uma medida extrema para uma situação que nós sabíamos excepcional”.

Marielle Franco, do PSOL, foi morta a tiros no bairro do Estácio, região central da capital carioca, na noite de quarta-feira (14). Ela estava dentro de um carro acompanhada do motorista Anderson Pedro Gomes, que também foi morto, e de uma assessora, quando teria sido abordada por outro veículo.

Impeachment de Barroso

Ele também confirmou que vai pedir o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Na última terça-feira (13), ele havia adiantado que estudava a possibilidade de se licenciar do cargo para retomar temporariamente seu mandato na Câmara dos Deputados e pedir o impeachment de Barroso no Senado.

Questionado se não seria mais fácil ele delegar a um colega parlamentar a tarefa de entregar o pedido, ele foi categórico ao dizer que faz questão de ir pessoalmente. Para o ministro, este é um “momento histórico”.

“Essa eu levo debaixo do braço. Ou eu apresento ou ninguém apresenta. Você acha que eu vou trabalhar nisso, tomar essa decisão para passar para outro? Esse é um momento histórico. É o momento em que o Congresso diz 'chega'. Não adianta a gente fazer lei se juiz acha que não precisa obedecer a lei”, disse.

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