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Pacote anticorrupção volta à Câmara e mobiliza políticos e sociedade

Deputados de PG adiantaram que votarão a favor de medidas e anistia a caixa dois é descartada

Divulgação
ACIPG debateu projeto de lei com deputados federais de Ponta Grossa

O projeto de lei 4850/16 – que estabelece medidas de combate à corrupção – volta à pauta central no Congresso nesta terça-feira. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou que espera concluir até hoje a votação da matéria, que tem mobilizado políticos, entidades e representantes de diferentes setores.

Os dois deputados ponta-grossenses, Aliel Machado (Rede) e Sandro Alex (PSD) na semana passada se posicionaram a favor da matéria, mas contrários a uma eventual anistia ao caixa dois, que poderia vir a ser apresentada sob forma de emenda. Setores como o Movimento Brasil Livre (MBL) já agendaram manifestações para o próximo dia 4, contra a corrupção e a tentativa de abrandamento destes crimes também está na pauta das manifestações.

Na manhã segunda-feira, a Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG) se reuniu com Aliel para debater o projeto das dez medidas de combate à corrupção, e a entidade colocou alguns pontos com os quais tem preocupação no projeto, como a punição para juízes. Aliel informou que este tema em específico está sendo discutidos pelos integrantes da comissão e pelo seu partido.

“Participamos da coleta dessas mais de dois milhões de assinaturas de apoio ao projeto das dez medidas de combate à corrupção, é um tema que a ACIPG está acompanhando de perto e que é de interesse de toda a sociedade. Somos contra a anistia ao caixa dois e a sociedade está atenta a qualquer tentativa de manobra”, argumenta Douglas Taques Fanchin Fonseca, presidente da ACIPG. Além de Aliel, a entidade também entrou em contato com Sandro Alex, que reforçou ser favorável ao projeto.

O coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, procurador da República Deltan Dallagnol, voltou a defender a criminalização do caixa dois e ressaltou que uma eventual decisão do Congresso Nacional sobre uma possível aprovação da anistia à contabilidade paralela de campanha eleitoral teria ônus político.

“Essa foi a manobra mais radical que vi sob a forma da reação de um sistema contra uma investigação. Eu não acredito que o Parlamento esteja encampando isso. Acredito que isso foi a reação de determinados investigados, de determinadas pessoas contra a investigação”, afirmou.

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