A revista Isto É publicou na quinta-feira material em que afirma que o senador Delcídio do Amaral teria firmado um acordo de delação premiada com a equipe que investiga a Operação Lava Jato e nos depoimentos teria dito que a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras. A informação sacudiu Brasília e governistas e oposição se apressaram em repercutir a informação.
A oposição alegou que Dilma Rousseff deve renunciar imediatamente ao cargo. Esse governo não tem mais para onde ir. Não há outro caminho que não seja o que passa pela renúncia imediata da presidente Dilma e pela prisão de Lula. Eles agiram de forma planejada para obstruir a Justiça. As revelações feitas pelo senador Delcídio são estarrecedoras e mostram a que ponto chega o PT para proteger sua organização criminosa, disse Rubens Bueno (PPS).
Para o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, se o senador fechou acordo, as declarações deveriam ser mantidas em sigilo. Cabe à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal investigar se houve vazamento, o que considerou gravíssimo e “intolerável”. Para Wagner, o suposto relato de Delcídio não tem consistência e há muita poeira.Alguém viu alguma prova ali? Não, eu só vi suposição onde ele próprio é o delator, ele é a testemunha, ele é tudo. Acho que não tem nenhuma consistência ali não. Tem muita poeira e pouca materialidade, mas eu não vou entrar nessa discussão, disse o ministro.
Em nota, os advogados de Delcídio Amaral afirmaram que desconhecem o conteúdo publicado pela revista, e que o senador jamais foi procurado pelos jornalistas.