Prefeitura de Limeira-SP
Idosa tinha mania de acumuladora
Uma grande operação de limpeza foi realizada pela Prefeitura de Limeira nesta terça-feira, 28 de outubro, em uma residência localizada na Vila Queiroz. No local havia uma grande quantidade de materiais inservíveis acumulados. Os trabalhos foram coordenados pelo Departamento de Vigilância Sanitária (Visa) e pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e contaram com a colaboração das secretarias de Fazenda, Serviços Públicos, Guarda Civil Municipal, Defesa Civil e Ceprosom.
Em inúmeras ocasiões, a moradora recusou-se a receber os agentes de controle da dengue do CCZ. O caso foi encaminhado à Visa, que notificou e lavrou duas multas para limpeza da área. Segundo o diretor do departamento, Alexandre Ferrari, a solicitação não foi atendida. Acionamos a Justiça e conseguimos uma autorização judicial, pois o local apresentava risco iminente à saúde pública, além do risco de incêndio, ressaltou.
Ferrari informou que houve a necessidade de derrubar uma parte do muro da casa, para que uma retroescavadeira conseguisse entrar para realizar a limpeza. Ao total, foram retirados 102 toneladas de lixo e até o dia 28 de outubro haviam sido utilizados 12 caminhões para a retirada do material. A moradora do local, uma mulher com mais de 70 anos, apresenta uma compulsão muito forte para acumular todo tipo de objeto. Será necessário mais um dia de serviço e pelo menos mais 10 caminhões para finalizar a limpeza, disse Ferrari.
Na calçada em frente ao imóvel, também foram retirados dois automóveis sucateados. Ferrari salientou que uma funilaria irregular funcionava na residência. Os fiscais da prefeitura embargaram a atividade, disse.
De acordo com a coordenadora do CCZ, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, havia montanhas de tecido e de roupas, uma imensa quantidade de latas de tinta, pilhas de jornais e revistas, sofás, geladeiras, mais de 100 bolsas e panelas, entre outros. Todo o material foi levado ao Aterro Municipal.
Durante a operação, os agentes encontraram grande quantidade de recipientes com água parada, como garrafas, baldes e copos, no entanto, não foi detectada a presença de larvas do Aedes aegypti.
Assistentes Sociais do Ceprosom acompanharam a operação. A moradora já é atendida pelo Creas (Centro de Referência Especializado da Assistência Social) e o caso será agora ao Conselho de Idoso para que novas providências sejam tomadas.