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O que fazer ao ser picado por uma abelha? Saiba como reduzir riscos e sintomas graves

A morte do menino Cristofer Yuri Silva de Melo, de apenas seis anos, no município de Sengés, levantou a questão da segurança e dos riscos envolvendo picadas de abelhas. A criança faleceu após sofrer uma única picada do inseto e ter um choque anafilático, uma reação alérgica grave.

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Por isso e também porque reações alérgicas podem ser graves e imprevisíveis em qualquer pessoa, é preciso tomar alguns cuidados caso haja uma picada de abelha, especialmente em crianças:

  • Remova os ferrões da pele com lâmina ou agulha, sem pressioná-los. Prefira usar objetos não pontiagudos, como um cartão bancário;
  • Evite usar pinça ou algum objeto que possa pressionar o ferrão. Isso pode fazer ele injetar ainda mais veneno no corpo da vítima;
  • Lave a região afetada com água e sabão;
  • Monitore as reações: se de baixa intensidade, compressas frias e gelo podem reduzir o inchaço e a dor;
  • Procure os serviços de emergência se a vítima apresentar dificuldade para respirar, inchaço facial, dor no abdômen ou formigamento;
  • Dores leves podem ser tratadas com um analgésico comum;
  • Se a lesão continuar dolorosa, quente e vermelha após dias, sem melhorar, é importante buscar orientação médica, pois pode haver uma infecção.  

Incidentes com abelhas são numerosos no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados cerca de 33 mil acidentes com abelhas no país em 2023 e reações alérgicas são uma preocupação importante, especialmente por serem difíceis de prever e, potencialmente, serem fatais.

Reações podem ser imprevisíveis

Segundo artigo assinado pelo Dr. João Roberto Resende Fernandes para o Hospital Israelita Albert Einstein, as reações anafiláticas podem variar de acordo com diversos fatores. Ele cita, por exemplo, que um adulto que já sofreu reação anafilática por picada de inseto anteriormente tem 60% de chances de apresentar uma nova alergia e não se pode prever a gravidade.

Segundo o Ministério da Saúde, em caso de acidentes com abelhas e outros animais peçonhentos, as pessoas podem procurar o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox). No PR, o número é 0800 0410 148. Ele funciona 24h por dia. Em caso de reações mais graves, deve-se buscar atendimento médico com urgência.

Abelhas mais próximas de humanos

Segundo o servidor público municipal de Ponta Grossa, Edson Maciel, que também é criador de abelhas, elas estão cada vez mais presentes no ambiente urbano devido à degradação de seu habitat natural na mata, bem como do uso de agrotóxicos nas plantações, que fazem com que estes animais busquem refúgio e criem colônias nas cidades.

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná divulgou em seu site que, em 90% dos casos em que a corporação é acionada, o enxame se instala em instalações urbanas de maneira transitória. Ou seja, formam uma “bola” de abelhas que, provavelmente, vai apenas passar uma noite no local e seguir seu caminho no dia seguinte. Nestes casos, deve-se manter distância das abelhas e não matá-las, o que é crime ambiental, se os animais não apresentarem risco iminente.

É alarmante para o proprietário do imóvel quando o enxame se “entoca”, entrando dentro de uma casa de cachorro, dentro do forro, ou de algum móvel. Neste caso, as abelhas podem estar fazendo uma colmeia e o aconselhamento do Corpo de Bombeiros é procurar um apicultor habilitado para a remoção. Nunca aplique veneno num enxame ou tente afastá-lo com ventiladores ou afins. Nos casos mais críticos, acionar o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.

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