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O Paraná dá exemplo ao Brasil, diz Richa

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), fez um balanço das ações realizadas neste ano e destacou avanços em diversas áreas da administração estadual. Ele também enfatizou o apoio do Estado aos municípios, o desempenho da economia paranaense e investimentos realizados ao longo de 2017, que, de acordo com o governador, foi maior da história do Paraná, com cerca de R$ 7 bilhões investidos. Para 2018, o montante, aponta o governador, deve se ainda maior, na ordem de R$ 8,4 bilhões. Confira a entrevista à Associação dos Diários do Interior (ADI Paraná).

Associação dos Diários do Interior – Como o Estado do Paraná chega ao final de 2017?

Beto Richa – Graças ao esforço de todos os paranaenses, do bom planejamento do nosso governo e, principalmente, do ajuste fiscal que nós promovemos nos últimos dois anos, com medidas duras e muitas vezes incompreendidas, hoje podemos comemorar o resultado desse trabalho que é referência nacional. Tomamos medidas para equilibrar as contas públicas, porque vimos a situação drástica de boa parte dos estados brasileiros. A crise afetou grandes potências como Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que estão com dificuldades em pagar o salário do servidor. O Rio de Janeiro começa a pagar agora o décimo terceiro de 2016. No Paraná todas as contas estão em dia. Para se ter uma ideia, pagamos o salário de novembro e antecipamos os vencimentos de dezembro e o 13º. Tudo isso soma R$ 5,1 bilhões injetados na economia em cerca de 30 dias, ajudando o comércio e as vendas nesse fim de ano.

ADI – Quanto o estado investiu neste ano e o que o senhor pode destacar

B.R. – Em 2017 realizamos o maior investimento da história do Paraná, com cerca de R$ 7 bilhões. Para 2018, o orçamento prevê um investimento na ordem de R$ 8,4 bilhões. São muitos os avanços. Só para os municípios transferimos R$ 1,6 bilhão. Houve reforço na segurança, com novas viaturas e policiais. Na saúde, ampliamos o atendimento de urgência e emergência com o serviço aeromédico, que está em todo o Estado e deu uma grande contribuição para o aumento do número de transplantes. Também fizemos milhares de cirurgias eletivas e estamos garantindo suporte financeiro para 263 hospitais municipais e filantrópicos, o que é inédito. Na educação, investimos cerca de 35% do total das receitas. Temos R$ 100 milhões sendo aplicados na reforma de 1.000 escolas e mais R$ 283 milhões destinados para a modernização tecnológica dos colégios da rede estadual, com novos computadores, rede lógica e acesso à internet. Há muitos exemplos de bons investimentos realizados na área social, habitação, saneamento, energia, cultura, esporte e turismo.

ADI – Na infraestrutura houve avanços?

B.R. – Os paranaenses podem ver obras em estradas por todas as regiões, são duplicações e diversas outras melhorias. Liberamos R$ 2,5 bilhões para conservação e manutenção das nossas estradas neste ano. Com apoio do BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento], teremos mais R$ 1,4 bilhão para aplicar em estradas. O porto de Parnaguá bate seguidos recordes de movimentação e chegou ao maior patamar de sua história, com 50 milhões de toneladas. Esse é o resultado do processo de modernização que estamos fazendo no terminal. Neste ano, lançamos o projeto da Nova Ferroeste, uma ferrovia de 1.000 quilômetros ligando nosso porto a Dourados, no Mato Grosso do Sul. Em 2017, assinamos convênios com praticamente todos os municípios do Paraná para liberar recursos para obras locais, principalmente pavimentação. No nosso governo já pavimentamos mais de 3 mil quilômetros de ruas, avenidas e estradas municipais.

ADI – E as empresas públicas?

B.R. – Desde o início da gestão assumimos o compromisso de preservar e fortalecer as empresas públicas de propriedade dos paranaenses. A Copel foi eleita cinco vezes, nos últimos sete anos, a melhor companhia distribuidora de energia do Brasil e também foi premiada a melhor distribuidora de energia da América Latina. A Sanepar é considerada pelo Instituto Trata Brasil como a melhor companhia de saneamento do país. Com investimentos bilionários, está ajudando a melhorar a saúde do povo paranaense. Das onze cidades brasileiras com os melhores índices de saneamento, cinco estão no Paraná. As obras de saneamento no Litoral, que totalizam R$ 250 milhões, tornaram as praias do Paraná as mais limpas do país.

ADI – O ajuste fiscal do Estado está finalizado?

B.R. – Cuidar das contas públicas é uma tarefa diária, mas não há nenhuma nova medida de impacto que atinja a população. Reconheço o sacrifício feito por todos os paranaenses e, agora, é o Estado que tem que se ajustar. É preciso retribuir os 11 milhões de paranaenses com bom serviços, programas e obras. A máquina pública tem que compreender que ela não é o fim em si mesmo. Ela existe para servir e não para se servir da sociedade. Como em qualquer casa, o Estado só pode gastar o que arrecada. Mas dentre tantos itens do ajuste preciso destacar o Nota Paraná, que é uma iniciativa de cidadania fiscal em que todos ganham. Esse programa devolve 30% do imposto recolhido no varejo ao contribuinte e também aumenta a arrecadação. Isso amplia o volume de recursos para grandes investimentos. Esse programa já devolveu aos paranaenses R$ 750 milhões.

ADI – Com suporte do Estado a economia paranaense cresce?

B.R. – Temos uma economia diversificada e uma eficiente locomotiva que é o agronegócio. A soma de esforços do setor público e da iniciativa privada fez a diferença e o Paraná cresce mais que o país. Saímos da crise muito antes dos demais estados. Nosso PIB cresceu 2,9% neste ano. Isso é sete vezes mais que a média brasileira. Temos uma das menores taxas de desemprego, em torno de 8,5%, contra 12,4% do país. Estamos fechando o ano com quase 35 mil novos empregos com carteira assinada. Lembro que o programa Paraná Competitivo já trouxe R$ 43 bilhões em novas empresas para o Estado, que estão abrindo, de forma direta, mais 100 mil oportunidades de trabalho, principalmente no Interior. É o maior ciclo industrial que o Estado já viveu.

ADI – O sr. considera o apoio aos municípios uma das grandes marcas da gestão?

B.R. – Realmente estamos realizando uma administração com perfil municipalista e isso é um motivo de satisfação. Fui o único governador que esteve nas 399 cidades paranaenses no exercício do mandato. Conheci a realidade de cada canto do Paraná. Fiz isso porque já fui prefeito e sei da importância de ter no governo estadual um bom parceiro. É nas cidades que as pessoas vivem e é lá que as coisas precisam melhorar e avançar. Conseguimos ajudar a todos os prefeitos, sem olhar a cor partidária.

ADI – São sete anos de gestão. Como o sr. avalia o desenvolvimento do Estado neste período?

B.R. – Não há parâmetros para comparar o Paraná de hoje com aquele que recebi. Posso dizer isso com total segurança e muito orgulho. Estou cumprindo com as minhas obrigações e, sem demagogia ou populismo, posso afirmar que não tem uma área em que o Paraná não avançou nos últimos sete anos, e muito. Adotamos medidas duras e impopulares. Mas fizemos o que precisava ser feito para levantar o Paraná e mantê-lo em pé. Recebi um estado desestruturado, com nível de endividamento de 91%, uma máquina pública deficiente e sem qualquer planejamento. Mudamos esta realidade. Por onde passo, vejo a presença do Estado em ações que garantem desenvolvimento e qualidade de vida às pessoas. É uma grande satisfação ver o Paraná reconhecido nacionalmente. Hoje, o Paraná dá exemplo ao Brasil.

Richa destaca o desempenho da economia paranaense

 

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