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Números da ABAC mostram brasileiro mais preocupado com o futuro financeiro

Uma pesquisa do Banco Central do Brasil realizada em 2015 e divulgada este ano revelou que 69% dos brasileiros não investem nenhuma parte da renda. Além de não terem uma reserva, 56% dos entrevistados disseram não planejar o orçamento doméstico. Essa realidade pode estar mudando. Os números divulgados esta semana pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) demonstram uma preocupação maior com o patrimônio familiar.

O fechamento do primeiro trimestre do sistema de consórcios apontou crescimento em todos os setores. No geral, a modalidade avançou 8,4% no total de vendas de novas cotas, em comparação ao mesmo período de 2017. O acumulado chegou a 577 mil adesões (jan-mar/2018), contra 532,5 mil (jan-mar/2017). Só em março foram comercializadas 204 mil cotas, o recorde do ano.

No acumulado dos últimos seis anos, os ativos administrados dos grupos de consórcios (soma dos recebíveis e das disponibilidades e aplicações financeiras) tiveram alta de 70%. O setor de consórcio imobiliário foi um dos que mais cresceram no período, tanto pela demanda por aquisição de imóveis para moradia (casa própria) quanto para diversificação de investimentos (carteira de aluguéis).

O número de participantes ativos neste segmento pulou de 792 mil em 2017 para 850 mil nos primeiros três meses deste ano – alta de 7,3%. O volume de créditos comercializados em consórcio imobiliário aumentou 10,3%, saltando de R$ 6,79 bilhões no primeiro trimestre de 2017 para R$ 7,49 bilhões entre janeiro e março de 2018.

O levantamento da ABAC não especifica a modalidade de investimento dos consorciados – se a cota seria para aquisição de imóvel para moradia ou investimento. No entanto, o crescimento do número de consorciados no País demonstra uma tendência de mudança de comportamento do brasileiro no que diz respeito ao planejamento financeiro.

Sul e Sudeste puxam números positivos

Essa mudança de perfil se deve, principalmente, à preocupação com o futuro. "A inconstância da economia do País tem emergido nas pessoas a necessidade de estabilidade, seja em relação ao mercado de trabalho ou mesmo ao comércio e aos serviços, no caso de quem decidiu empreender. Por isso, ter uma reserva financeira e constituir patrimônio sólido são saídas importantes neste momento", destaca a diretora-superintendente da Ademilar Consórcio de Investimento Imobiliário, Tatiana Schuchovsky Reichmann.

A empresa, que é pioneira na venda de consórcio de imóveis no Brasil e se mantém entre as nove maiores do segmento no ranking do Banco Central (jan/18), obteve números recordes em 2018. Depois de crescer 61% em 2017, atingindo quase R$ 2 bilhões em créditos comercializados, a Ademilar registrou aumento de 57% nesse quesito entre janeiro e abril deste ano. Santa Catarina (85%), Paraná (47%) e São Paulo (10%) alavancaram os números.

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