O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) terá novo edital publicado em julho. A prova será aplicada em 11 de outubro.
A divulgação das datas, feita pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, nessa quinta-feira (14), acaba com uma espera de milhares de pessoas há três anos.
O Revalida terá duas etapas: teórica e prática. A primeira é dividida em duas provas: uma com 100 questões objetivas, no turno da manhã; e a outra, com cinco questões discursivas, à tarde.
A segunda etapa, prevista para dezembro, é realizada em uma estação clínica, com edital próprio, e só poderá fazê-la quem for aprovado na primeira etapa. “O candidato fará 10 anamneses — ‘entrevistas’ para diagnóstico inicial da doença — em ‘pacientes’ com diversos sintomas simulados”, diz nota publicada pelo Ministério da Educação, em seu portal.
Quem reprovar na segunda fase pode refazê-la por mais duas vezes em edições consecutivas — anteriormente, era necessário realizar todo o processo desde o início.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do exame, já selecionou os profissionais que formarão a comissão avaliadora do Revalida.
As questões sairão do banco nacional de itens do Revalida. Composta por dez integrantes, a comissão ficará responsável por selecioná-los.
Nota de corte
De acordo com o MEC, a nota de corte do Revalida é calculada pelo método Angoff modificado. Uma comissão independente e formada por professores não responsáveis pela seleção dos itens analisará uma a uma as questões para estimar a chance de acerto dos participantes.
A média de acertos para cada item é computada e utilizada no cálculo de uma média geral de acertos, que se converte nos pontos de corte. Estes variam a cada edição, a depender do nível de dificuldade da prova.
O método permite informar, com antecedência, as notas de corte. Todos os detalhes estarão disponíveis no edital.
O Revalida tem o objetivo de verificar a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências requeridas para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), em nível equivalente ao exigido dos médicos formados no país.
O exame foi criado em 2011, resultado de parceria entre os ministérios da Educação e da Saúde. Foram sete edições até 2017, com um total de 24.327 inscrições. A maioria dos participantes nas sete edições era de nacionalidade brasileira — no último exame, aproximadamente 60%.