Na noite dessa quarta-feira (9), o Ministério da Defesa divulgou os detalhes do relatório técnico entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O texto trata da fiscalização que as Forças Armadas fizeram sobre o sistema eletrônico de votação no último pleito. O relatório não apontou fraude nas eleições presidenciais, como esperavam os grupos que, desde o início do mês, protestam contra a vitória do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O TSE emitiu, quase ao mesmo tempo, nota oficial na qual destacou que o documento “não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência no processo eleitoral 2022”. A notícia foi um balde de água fria para aqueles que esperavam um relatório fortalecendo as suspeitas de irregularidades nas eleições. Mas as notas oficiais não pararam por aí.
Nota do Ministério da Defesa
No final da manhã desta quinta-feira (10), o Ministério da Defesa divulgou mais uma nota oficial, com o título “Relatório das Forças Armadas não exclui a possibilidade de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas”.
Segundo o texto, “com a finalidade de evitar distorções do conteúdo do relatório (…) o Ministério da Defesa esclarece que o acurado trabalho da equipe de técnicos militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação, embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022. Ademais, o relatório indicou importantes aspectos que demandam esclarecimentos”.
Repetição
O texto segue novamente detalhando os itens que, quem leu o relatório no dia anterior, já conhecia. Entre eles, que pode haver risco de segurança durante compilação do código-fonte das urnas, que os testes não afastam a possibilidade de influência de eventual código malicioso capaz de alterar a votação, e que os técnicos tiveram restrições ao acesso adequado ao sistema e ao processo eletrônico de votação. O Ministério termina por solicitar com urgência, ao TSE, investigação técnica e criação de comissão específica para analisar os itens apontados. Com isso, o termo “Ministério da Defesa” era o principal tópico de discussão no Twitter no início da tarde desta quinta-feira.
Confira abaixo a nota oficial na íntegra:
