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Negociação salarial deve elevar tarifa para além de R$ 3,33

Empresa e trabalhadores têm hoje mais uma rodada de negociação e reajuste pode ter impacto no novo valor da passagem de ônibus em Ponta Grossa

 

Divulgação
Conselho de Transportes sugeriu reajuste para R$ 3,20 mas não incluiu aumento de salário dos trabalhadores

 

Trabalhadores do transporte público e a Viação Campos Gerais (VCG) têm hoje mais uma rodada de negociação salarial e o resultado do acordo deve impactar no preço da tarifa de ônibus do município. A negociação salarial acontece dois dias depois do Conselho Municipal de Transportes (CMT) sugerir em R$ 3,20 o preço da passagem. O valor definido na reunião do CMT desconsiderou os valores salariais e reajustes.

A empresa informa que fez uma proposta de 8%, adequando ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e aumento de 8% na ‘cesta’ (item equivalente ao vale-alimentação). De acordo com Gelson Forlin, diretor-executivo da VCG, caso esta proposta fosse aceita, o reajuste da passagem de ônibus iria para R$3,33. “É uma questão simples de resolver, toda a planilha está atualizada, faltando apenas um item, que é o salário dos trabalhadores”, alega o representante da empresa.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviárias de Passageiros de Ponta Grossa (Sintropas), Sirton Barbosa afirma que os trabalhadores pedem além dos 8% do INPC, mais 5% de aumento real, além de dobrar a alimentação, atualmente em R$ 230 (ou seja, reajuste de 100%). “Amanhã (quinta), vamos sentar e ver o que a empresa tem a dizer”, afirma Barbosa, que assegura que uma paralisação dos trabalhadores do transporte não foi cogitada até o momento. “Uma paralisação é o último recurso, quando não tiver mais qualquer tipo de acordo”, complementa Barbosa.

O presidente do Conselho Municipal de Transporte (CMT), Helmiro Bobek, afirma que o valor de R$ 3,20 sugerido e formalizado após a reunião de terça-feira foi baseado em dados disponibilizados na planilha de custos do transporte público. “Não tem como se trabalhar com uma projeção do que ainda pode vir a ocorrer. O que há é um dissídio parcial, e a empresa tem ganhos e perdas, agora o que acontece é que parece que há um interesse, inclusive de algumas pessoas do Conselho, em aumentar a passagem de qualquer maneira”, disse Bobek.

Nos R$ 3,20 sugeridos pelo CMT estão contemplados os serviços de limpeza e portaria dos terminais de transporte, por exemplo, mas não foi considerado o reajuste de motoristas e cobradores. Quem determina o valor final da tarifa do transporte público é o Prefeito, que avalia se o valor sugerido deve ser aplicado ou não.

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