Luiz Felipe Scolari estreou como treinador do Cruzeiro com o pé direito. Em uma partida amarrada no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, a Raposa, que permanece na zona de rebaixamento da competição, afundou o Operário Ferroviário em crise na Série B do Campeonato Brasileiro.
O placar de 1 a 0 para os visitantes, na noite desta terça (20), deixa o time comandado por Gerson Gusmão com apenas uma vitória nos últimos oito compromissos.
Após 17 jogos, o Fantasma aparece na 10ª colocação com 22 pontos, mas pode cair para o 12º lugar dependendo dos demais resultados da rodada.
Antes da partida, o clube de Vila Oficinas divulgou mais cinco casos positivos de covid-19, acumulando oito desfalques pelo coronavírus e prejudicando a escalação antes de enfrentar o adversário de maior peso na competição nacional.
1º tempo
O primeiro tempo não teve ímpeto das duas equipes. A pressão pela má fase e a falta de padrão dos times tornaram o confronto limitado no Germano Krüger. Foram apenas cinco finalizações em 45 minutos – somente uma do Operário.
As chegadas do Cruzeiro davam mais sustos, mas os zagueiros Rafael Bonfim e Ricardo Silva, do Fantasma, travaram tentativas de Jadsom Silva e Arthur Caíke.
O único que arriscou para os donos da casa foi o estreante Leandro Vilela. Aos 16 minutos, ele bateu de fora da área, mas viu a finalização morrer pela linha de fundo.
Aos 36 minutos, o zagueiro Ricardo Silva interviu em jogada de Marquinhos Gabriel pelo lado direito, impedindo a chegada da Raposa. Foi a última investida de qualidade na primeira etapa.
Na saída para o intervalo, Leandro Vilela deu a deixa do que faltava para o Fantasma. “Faltou a equipe do Operário se impor mais, faltou a gente concluir mais em gol. Tá um jogo brigado, tecnicamente abaixo, e espero que a gente possa voltar melhor para sair com a vitória”, disse em entrevista ao Premiere.
2º tempo
Apesar da falta de qualidade apresentada, as duas equipes retornaram dos vestiários sem alterações. O que mudou foi a presença do Operário no ataque. Logo no primeiro minuto, Douglas Coutinho cabeceou e Ramon afastou o perigo.
Os meias Thomaz e Marcelo também apareceram na frente. O primeiro parou na falta de pontaria, enquanto o segundo viu Fábio agarrar com tranquilidade. Do outro lado, Thiago Braga precisou trabalhar em cobrança de falta do meia Marquinhos Gabriel.
Os problemas para o técnico Gerson Gusmão aumentaram quando o volante Leandro Vilela sentiu aos 20 minutos. Sem opções para o setor no banco, o treinador alvinegro optou pelo meia-atacante Jean Carlo. Enquanto isso, Thiago Braga seguia salvando a pele do Fantasma. O goleiro pegou cabeçada de Arthur Caíke no canto.
Aos 36 minutos, Rafael Bonfim desperdiçou a melhor oportunidade dos donos da casa: após cobrança de escanteio de Marcelo, o zagueiro – livre de marcação – bateu sem direção.
O castigo alvinegro surgiu no lance seguinte. Ex-Londrina, o atacante Arthur Caíke recebeu de Airton dentro da área e teve espaço para dominar antes de balançar a rede.
O Operário respondeu nos acréscimos mais uma vez com Rafael Bonfim, mas o goleiro Fábio fechou o espaço e executou uma defesa milagrosa. Aos 51, Lucas Batatinha ainda tentou de ombro, mas sem sucesso.
Próxima rodada
O Operário embarca para Chapecó na 18ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Em território catarinense, o Fantasma visita a Chapecoense na Arena Condá. O confronto está agendado para sexta (23), a partir das 21h30.
Ficha técnica
Operário: Thiago Braga; Sávio, Rafael Bonfim, Ricardo Silva e Peixoto; Leandro Vilela (Jean Carlo), Marcelo e Thomaz Santos (Fabiano); Maranhão (Diego Cardoso), Douglas Coutinho e Jefinho (Lucas Batatinha). Técnico: Gerson Gusmão
Cruzeiro: Fábio; Rafael Luiz, Cacá, Ramon e Matheus Pereira; Jadsom Silva, Adriano e Régis (Airton); Arthur Caíke (Jadson), Marquinhos Gabriel (Maurício) e Marcelo Moreno. Técnico: Luiz Felipe Scolari
Gols: Arthur Caíke (Cruzeiro) aos 39 minutos do 2º tempo.
Cartões amarelos: Douglas Coutinho, Sávio, Ricardo Silva, Marcelo e Peixoto (Operário); Matheus Pereira e Adriano (Cruzeiro)
Local: Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa (PR)
Arbitragem: Diego Pombo Lopez (BA) auxiliado por Alessandro Álvaro Rocha de Matos (FIFA/BA) e Edevan de Oliveira Pereira (BA)