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Na Câmara, professor defende manutenção do Parque Nacional dos Campos Gerais 

O ofício de autoria da deputada federal Aline Sleutjes (PSL) ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em que solicita a possibilidade de rever o decreto do governo federal de 23 de março de 2006 que estabelece a criação do Parque Nacional dos Campos Gerais, cancelando-o ou alterando para Monumento Natural, foi novamente tema de debate na Câmara de Vereadores de PG nesta segunda-feira (13). Depois do presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa, Gustavo Ribas Netto, e o ex-secretário de Turismo e Meio Ambiente de Ponta Grossa, Alvaro Scheffer, falarem sobre o assunto na tribuna – contestando o modelo de preservação instituído, em sessão realizada na última semana – desta vez o professor do curso de agronomia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Carlos Hugo Rocha, se manifestou.
O professor apresentou estudos que comprovam a necessidade de manutenção do parque para a preservação da biodiversidade. "Existem muitas espécies ameaçadas e que só existem neste ambiente, em áreas dos Campos Gerais que estão inseridas no parque", aponta, ressaltando ainda a existência de diversas pinturas rupestre na região. "Além disso, é evidente o problema de erosão no rio São Jorge ocasionado pela agricultura", aponta. "Em um intervalo de 13 anos é grande a área prejudicada, pois alguns não preservam. Por conta disso, a unidade de conservação 'parque nacional' é fundamental", frisa. 
Para ele, a discussão não deve girar em torno do embate entre ambientalistas e ruralistas, mas "tem que ser discutida em profundidade para buscarmos soluções melhores", destaca. ele cita que uma das alternativas passa pela desapropriação, e destaca que o custo para desapropriação de boa parte da área é de R$ 300 milhões. "Mais de 80% da área do parque já tem processo aberto para desapropriação, de forma a garantir que os proprietários sejam indenizados", frisa. 

Na ocasião, o vereador Pietro Arnaud (Rede), também leu moção de repúdio do Núcleo de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável e o Programa de Pós-Graduação em Agroecologia, Mestrado Profissional da Universidade Estadual de Maringá (UEM) direcionada à deputada Aline Sleutjes e ao ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, por conta do pedido de extinção do parque.

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