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Morador de rua de quase 107 anos se nega a ir para abrigos

Valdevino Rodrigues nasceu em 1915 e afirma não ter contato com os filhos há algum tempo

Foto ilustrativa

Um caso inusitado foi revelado nesta semana pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC): um morador de rua de quase 107 anos que se nega a ir para abrigos. O caso ocorre em Itaiópolis, município do Planalto Norte catarinense que fica a 160 km de Joinville e 180 km de Ponta Grossa.

Segundo informações do MPSC, Valdevino Rodrigues tem o seu registro de nascimento datado de 28 de agosto de 1915 – ano em que a Primeira Guerra Mundial estava em andamento e o país ainda se chamava Estados Unidos do Brasil.

Em abordagem psicossocial feita com o idoso, ele contou que tem filhos, porém não tem contato com os mesmos há muito tempo. Informou que recebe um salário mínimo por mês e que não tem interesse em ser acolhido em abrigo e que está bem vivendo desta forma. 

Ações

Com a justificativa de “cumprir a missão do MPSC, que é promover a efetivação dos direitos da sociedade”, é que a Promotoria da Área da Cidadania e Direitos Fundamentais abriu um procedimento administrativa requerendo que seja feita uma nova abordagem ao morador de rua de 107 anos, para verificar a sua situação de vida, coletar informações sobre o benefício previdenciário que recebe, bem como detalhar suas ações diárias como alimentação, remédios, consultas médicas e o atual local onde se encontra.

“Os profissionais da equipe de Proteção Social Especial ainda deverão questioná-lo sobre os familiares do idoso. Todas as informações solicitadas devem ser enviadas à Promotoria de Justiça no prazo de 10 dias”, destaca o MPSC.

O Promotor de Justiça Pedro Decomain, responsável pela Promotoria de Justiça da Comarca de Itaiópolis, ressalta que o objetivo da ação “é que se obtenha local condigno para moradia do idoso, que no momento, foi acolhido por uma senhora, mas, se for necessário, será buscado o acolhimento institucional”.


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