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“Meu mandato serve para fiscalizar o governo”, aponta Requião Filho

Em entrevista ao Diário dos Campos, o deputado estadual Requião Filho  (PMDB), destaca o trabalho de oposição que vem fazendo na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) ao governo Beto Richa (PSDB). 
Requião Filho está no primeiro mandato de deputado estadual e adianta que vai tentar reeleição para o cargo no pleito deste ano. Filho do senador e ex-governador do Paraná, Roberto Requião, ele foi candidato a prefeito de Curitiba nas eleições de 2016, quando ficou em quinto lugar. De acordo com o deputado, o projeto de disputar eleições para o Governo do Estado ainda está vivo, plano, talvez, que pretende colocar em prática em 2022. Confira trechos da entrevista ao DC. 

Trabalho legislativo em 2017
“A Assembleia não fez seu trabalho em 2017 assim como não fez nos últimos três anos. Entre os principais trabalhos da Assembleia está fiscalizar o Executivo e esta parte nós da oposição fizemos muito bem. Trabalhamos com denúncia, cobrando transparência, levantamos e questionamos erros. Mas, infelizmente, a Assembleia do Paraná hoje tem dono: o Executivo. A Assembleia desaprendeu a teoria dos três poderes, na questão da independência e fiscalização. Meu mandato serve para fiscalizar o governo e para corrigir erros. Não fui eleito para trocar favores. Não conseguimos corrigir 100% o aumento do ICMS, por exemplo, mas conseguimos fazer com que o aumento não fosse o absurdo que o governo queria”. 

Crise política
“Há uma crise institucional e as pessoas não acreditam mais nos políticos. Além disso, parece que alguns políticos desistiram de fazer sua parte. Em 2018 vai ser muito difícil convencer o eleitor a ir votar, já que a descrença está muito grande. Creio que vai ser uma batalha para conseguir voto consciente, que tenha diferença entre discurso e prática”. 

Projetos políticos para 2018
“Se Deus quiser e o partido permitir devo disputar reeleição para deputado estadual. É necessário que tenham deputados com independência político-ideológica para que a Alep faça seu trabalho. Acho que mais importante que fazer lei é exigir que as leis sejam cumpridas, com transparência. O voto e a transparência são as duas maiores ferramentas de combate à corrupção no país”. 

PMDB nas eleições 
“Estamos escrevendo um plano de governo, quais as bandeiras que vamos defender o que queremos, as prioridades. O plano deverá ter conteúdo no que diz respeito ao desenvolvimento regional e, em cima disso, o PMDB escolherá quem é a cara do plano. Eu acredito na candidatura própria, mas dentro da  realidade politica devem acontecer alianças programáticas e, neste sentido, escolhemos quem representa melhor esta aliança. A próxima eleição será polarizada 100%. Será 'nós' contra 'eles'”. 

Desejo de ser governador
“Eu sou filho de um dos nomes mais fortes da política no Paraná e, mesmo assim, esperei mais de 35 anos para me candidatar. Não me candidatei com 21 anos: eu me formei, estudei, fiz especialização, ai eu fui me candidatar. Para ser governador existe um processo de amadurecimento. Eu tentei a Prefeitura de Curitiba, estudando muito a cidade para ter uma proposta viável. Não tive êxito, mas Curitiba agora está sofrendo. A ideia é trabalhar, mas só os eleitores vão dizer se daqui quatro anos vou poder concorrer ao governo do Estado”.  

Deputado ressalta que projeto de concorrer a governador do Estado ainda existe (Foto: José Aldinan)

 

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