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Mentalidade cicloviária em Ponta Grossa

Andar de bicicleta, além de proporcionar uma oportunidade de lazer para as pessoas, as pedaladas ou passeio ciclístico também funcionam para sensibilizar as pessoas sobre a importância do uso da bicicleta como meio de transporte alternativo, esportivo ou  mesmo lazer. Sobretudo, reivindicar ao poder público, em todas as suas esferas, sobre à necessidade de se investir em uma infraestrutura que possibilite o uso da bicicleta em condições de segurança, através da implantação de ciclovias.

Em Ponta Grossa, apesar do terreno montanhoso, a bicicleta é utilizada como meio de transporte por muitas pessoas. Entretanto, as condições para transitar pedalando pela cidade ainda oferece risco. Julia do Prado, 19 anos, utiliza a bike como meio de transporte. “ É bem eficiente e chego mais rápido no meu trabalho. Seria melhor se tivessem mais ciclovias pela cidade toda”, alerta a jovem. Existe projeto na Prefeitura Municipal nesse sentido incluído no plano diretor do município para a construção de ciclovias e alguns tipos de vias. Algumas estão esperando apenas a execução das obras.

Há alguns meses pedalar na via do Parque Ambiental está proibido. O traje ficou destinado apenas à caminhada. Contudo, é na mesma praça que todas as terças e quintas, à partir das 19h30, vários ciclistas do grupo denominado Pedal Noturno se reúnem para pedalar além dos limites do Parque Ambiental. O objetivo principal do grupo é alcançar os chamados bikers iniciantes ou não, que queiram companhia para pedalar pela cidade à noite, em percursos de até trinta quilômetros. “É bem legal e tudo muito organizado e seguro”, explica um dos participantes, Thiago Almeida, de 22 anos.

Pedalada esportiva

Mas, para alguns, o ciclismo vai além do simples lazer e se transforma em objetivo esportivo e até mesmo a profissionalização. É o caso de Bruno Leonardo Ferreira, de 22 anos. “ Desde criança gostei de andar de bicicleta e sempre gostei de pedalar rápido. Quando tinha 14 anos vi um cartaz numa bicicletaria de uma corrida de bike nas estradas do Taquari, organizada pela Prefeitura. Participei dessa prova com ciclistas da minha categoria e fiquei em 4º lugar. Então vi que podia ir mais longe”, conta Ferreira. Em 2009 Ferreira já era integrante de uma equipe para disputar os Jogos da Juventude. A partir disso começou disputar algumas provas em nível paranaense. “Conquistei vários troféus e medalhas de 2009 a 2011, entre várias provas de Montain Bike. Nas edições dos Jogos da Juventude ficamos em 5º lugar geral em 2009, 4º em 2010 e vice campeão em 2011”, conta Ferreira.

Outro atleta da bike é Jackson Lacerda, de 20 anos. Ele começou a pedalar em competições a cerca de seis anos e treina diariamente a modalidade estrada, no trecho de Itaiacoca com vistas aos Jogos Abertos do Paraná, no final de novembro. ”O ciclismo em Ponta Grossa está crescendo novamente. Temos tido um certo apoio e dá para chegar forte nas competições”, explica Lacerda.  Sobre a profissionalização, Lacerda conta que no Brasil é possível. “Aqui é mais difícil, mas tem atletas que vivem só de ciclismo no Brasil. Eu não vivo só de ciclismo. Aqui a média gira em torno de uns dois a três mil reais e os mais top chegam a ganhar 10 mil reais. Na Europa a média é de 30 mil euros, mas pode chegar a dois milhões”, explica o ciclista.

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