O deputado federal Aliel Machado (Rede) destaca que 2017 foi um ano bastante turbulento em Brasília, devido aos constantes escândalos políticos envolvendo diversas lideranças. No entanto, ressalta a liberação de recursos importantes, frutos de emendas apresentadas em anos anteriores.
Aos 28 anos, Aliel está no primeiro mandato de deputado federal e deve tentar a reeleição neste ano. Já foi vereador de Ponta Grossa – sendo eleito presidente da Câmara.
Em entrevista ao Diário dos Campos, ele faz um balanço do trabalho em 2017 e os projetos para 2018. Aliel, que disputou o segundo turno das eleições para prefeito de Ponta Grossa em 2016, conta que um dos grandes desejos é ser prefeito do Município. Confira trechos da entrevista exclusiva ao Diário dos Campos.
Verbas destinadas em 2017
"Foi um ano bastante importante. Um ano turbulento em Brasília, o que não faz ser menos importante a discussão sobre as emendas. Nós tivemos a indicação de vários recursos para a região, dando prioridade para as necessidades mais importantes, como a saúde.
Em 2017 começamos a ter o resultado prático das emendas dos anos anteriores, que começaram a ser aplicadas. Para Ponta Grossa, das emendas que agora começarão a dar resultado, temos investimentos na área da justiça, para a Guarda Municipal – recurso já empenhado, no valor de R$ 250 mil. Temos mais R$ 250 mil parar aquisição de equipamentos para o Hospital Bom Jesus. E, para a Secretaria Municipal de Saúde mais três emendas – de R$ 45 mil, R$ 135 mil e R$ 180 mil – para a compra de uma ambulância do Samu e outros veículos e estruturação da secretaria.
Fruto de emenda, entregamos ainda a reforma da unidade de saúde que fica dentro do 13 BIB; além de convênios com vários municípios. Para Ponta Grossa temos ainda emenda para modernização do ginásio Oscar Pereira, revitalização de algumas áreas de esporte e ginásios da cidade, além de liberação de R$ 400 mil para recuperação asfáltica que deve a Escola Estadual Arnaldo Jansen.
E, talvez a emenda mais importante do mandato, e que já teve parte dos recursos depositados, é de R$ 4 milhões para a construção da Maternidade Pública dos Campos Gerais, e que deve ter as obras iniciadas já no começo de 2018.
Também destaco a importância das emendas de bancada minhas e do Sandro [Alex, PSD], principalmente para a área de saúde".
Recursos para 2018
"O valor orçamentário apontado para 2018 é de cerca de R$ 14 milhões para as emendas. Por lei, metade vai para a saúde. Estamos fazendo o levantamento técnico e qualidade dos projetos apresentados pelos municípios para que o recurso não se perca".
Votação contra o impeachment de Dilma
"Do ponto de vista eleitoral me prejudicou. Estávamos às vésperas de uma eleição municipal e eu sabia que aquilo poderia causar um desgaste nas urnas. Mas não pode analisar só isso. É uma questão de caráter e o oportunismo talvez seja um dos maiores defeitos da maioria dos políticos. Sempre fui a favor de novas eleições. Acredito que a chapa estava impedida e deveria ter cassação da chapa naquele momento, o que possibilitaria nova eleição presidencial. O que não podia era aceitar que uma organização liderada pelo Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Aécio Neves e Michel Temer tomasse conta do país.
Coerente não é quem votou para sair a Dilma e depois o Temer, porque quem votou pelo impedimento de Dilma votou pela entrada do Temer. O impedimento de Dilma era por problemas técnicos, mas contra o Temer as denúncias são de crime comum. Assim, a luta não era contra corrupção, mas era para tirar direitos. Não sou defensor de bandido e pessoas do PT que devem precisam ser presas, mas o mesmo deve acontecer para integrantes do PMDB, do PSDB, e todos os partidos. Enfim, independente do prejuízo eleitoral, eu durmo com a consciência tranquila".
Eleições de 2018 e convites de filiações
"Não é uma decisão individual, mas baseada na necessidade e por representar uma parcela da população que tem uma visão de mundo diferente dos quadros políticos que aqui se põem. Hoje eu sou pré-candidato a deputado federal. Eu sou hoje, na esfera federal, o único que representa um posicionamento definido na cidade, um posicionamento transparente. Fico feliz porque recebi alguns convites de partidos que conhecem minha posição política, mas ainda nada está definido".
Eleições municipais
"Para quem está na política porque acredita na transformação e na mudança, talvez o cargo mais simbólico que possa existir é o de prefeito. Para mim, quem está na política e diz que não tem vontade de ser prefeito da cidade em que mora e que representa, é alguém que não faz política por amor, mas por interesse. Do ponto de vista pessoal é muito desafiador e pode derrubar qualquer carreira. Disputei a eleição com muito orgulho e já me sinto honrado de ter sido candidato a prefeito da minha cidade e ter conseguido chegar ao segundo turno. Não sei se logo, porque é uma construção que não depende somente da minha vontade pessoal. Mas, tenho o desejo, o maior de todos, de ser prefeito de Ponta Grossa".
Articulação política
"Nós tivemos conquistas importantíssimas em relação à liminar para derrubar Portaria do trabalho escravo. Além disso, sou relator do projeto de alteração das Medidas Educativas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que, individualmente, é o maior desafio do meu mandato. Entramos, junto com o Psol, com o processo de cassação contra o Cunha e agora entramos com processo de cassação do deputado Lucio Vieira Filho, irmão do Geddel Vieira Lima, porque é flagrante a sua participação em uma série de desmandos. Isso não é fazer pauta moralizadora, mas mostramos que não temos amarras de qualquer tipo".
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