O pré-candidato ao governo do Estado, deputado estadual Ratinho Júnior (PSD), cumpre agenda em Ponta Grossa nesta quinta-feira (29), onde se reúne com lideranças na Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Pontas Grossa (Acipg), para apresentar propostas que integrarão seu plano de governo para o Estado. Antes, acompanhado pelo deputado federal Sandro Alex (PSD), deputado estadual Hussein Bakri (PSD), e o presidente licenciado da Fecomérico, Darci Piana, Ratinho Júnior visitou o Diário dos Campos e falou sobre os planos para o Paraná e os desafios que o próximo chefe do Executivo estadual terá pela frente.
"O maior desafio é tornar a máquina pública mais rápida e eficiente. Para se ter ideia, a média para alguém conseguir instalar um posto de combustível é de dois anos no Paraná, devido aos prazos de licenciamento ambiental. E, quem gera riqueza é a iniciativa privada, por isso precisamos trazer inovações e tecnologias que tornem os serviços e ações mais eficientes", aponta.
Segundo o pré-candidato, a estruturação do plano de governo, sob coordenação do ex-ministro de Agricultura, Reinhold Stephanes, está bem adiantada. "Iniciamos o trabalho em março do ano passado, rodando o Paraná com os 'espaços democráticos', conversando com as pessoas de diversos setores. Assim, nosso plano de governo se baseia em ouvir a população, como a política moderna deve ser", aponta.
Caso seja eleito, Ratinho Júnior destaca que pretende promover a diminuição da máquina pública. "Pretendemos diminuir em pelo menos metade o número de secretarias. No máximo, teremos 15 secretarias, mas gostaria que fossem 12 ", frisa.
Ele também destaca que é preciso fazer planejamento a médio e longo prazo. "O Paraná até hoje não tem plano diretor de infraestrutura. Precisamos de estudos que mostrem – a cada 20 anos, por exemplo – as rodovias que devem ser duplicadas, a necessidade de expansão do Porto de Paranaguá", frisa.
Alianças
Ratinho Júnior, que até a oficialização de Cida Borghetti como pré-candidata a governadora, seria o candidato do governo à sucessão, destaca que o trabalho para candidatura a governador iniciou há 15 anos. "A diferença entre os demais candidatos é que não vim de grupos políticos tradicionais, eu construí meu grupo político. Quem quiser ajudar será bem-vindo, desde que se enquadre no nosso jeito de trabalhar", aponta, ao ser questionado sobre a possibilidade de aliança com Cida em um segundo turno das eleições.
Entre as alianças já consolidadas estão com os partidos PSD, PSC, PRB, PR, PV, Avante, e algumas lideranças partidárias. Para vice-governador, entre os nomes estão Reinhold Stephanes; Darci Piana; o presidente licenciado da Fiep, Edson Campagnolo; o ex-prefeito de Assis Chateaubriand, Michel Micheletto.
Campos Gerais
Sobre as propostas para Ponta Grossa e região, o pré-candidato ressalta que uma das prioridades é a implantação de uma unidade do Ceasa em PG. "Há esta demanda, a produção de hortifrutigranjeiros na região está crescendo e o Ceasa de Curitiba não consegue mais comportar toda a produção", frisa. "Ponta Grossa, por exemplo, tem mudado sua vocação econômica, e passou a ser estratégica para o desenvolvimento econômico do Paraná. O poder público precisa acompanhar este desenvolvimento".
Para ele, o turismo é um setor que apresenta grande potencial, embora sempre tenha sido trabalhado de maneira tímida.
Fim dos contratos de pedágios
Sobre os contratos com as concessionárias de pedágio do Paraná, que encerram em 2021, Ratinho Júnior destaca que o modelo implantado no Paraná pode ser repetido. "Defendo a tese que as licitações devem ser internacionais para que se possa trazer recursos de fundos de investimentos americano, canadense. A partir do momento que faz licitação internacional dificulta os conchavos como aconteceu na Lava Jato. Também queremos algumas exigências: como a redução do preço em 40% do valor aplicado e que as obras aconteçam já no início do contrato", conclui.