A quarta rodada de sondagem eleitoral feita em todo o país pela Paraná Pesquisas mostra que a polarização entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) se mantém e que, com Moro ainda figurando como pré-candidato, a diferença entre o ex-presidente e o atual se mantém em torno de 8 pontos percentuais – considerando a margem de erro de 2,2% para cima e para baixo. Na versão estimulada da pesquisa divulgada na quarta-feira (6), Lula tem 40% das intenções de voto e Bolsonaro 32,7%. Na pesquisa anterior, de março, Lula tinha 38,9% e Bolsonaro 30,9%
Comparando o resultado de agora com o da primeira aferição da Paraná Pesquisas, da série de quatro, iniciada em novembro do ano passado, Lula cresceu mais que Bolsonaro. Nela, Lula tinha 34,9% e na deste mês tem 40%. Bolsonaro partiu de 29,2% e chegou aos 32,7%. O ex-presidente cresceu 5,1 pontos percentuais e o atual subiu 3,5 pontos. Os demais pré-candidatos apresentados aos pesquisados na sondagem estimulada e que permanecem na corrida eleitoral não passaram de 7% das intenções de voto. Sérgio Moro, que ficou em terceiro com 10,7%, deixou de ser pré-candidato a presidente.
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Segundo turno
A polarização entre os dois principais candidatos certamente levará a decisão para um segundo turno. Nesse confronto direto, se as eleições fossem hoje, segundo a pesquisa desta semana Lula venceria as eleições com 47,1% dos votos e Bolsonaro faria 38,5%. Na sondagem anterior, em março, o placar era 46% e 37,%. Na primeira da série, em novembro de 2021, era 42,5% e 35,6%, respectivamente. Os números mostram que a diferença das intenções de voto entre os dois candidatos está diminuindo. Passou de 8,6 pontos percentuais em novembro para 6,9 pontos este mês. Na pesquisa anterior, em março, a diferença era de 8,7 pontos.
A rejeição de Bolsonaro é maior que a de Lula. Quando os pesquisadores perguntaram aos entrevistados em quem eles não votariam de jeito nenhum para presidente do Brasil, as respostas em relação a Lula variaram, nas quatro pesquisas, entre 45,8% a 47,4%. Em relação a Bolsonaro, o menor índice de rejeição foi em abril, de 52,4% e a maior em fevereiro, com 56,3%. Lula também apresentou melhores índices quando a pergunta foi “poderia votar nele para presidente do Brasil?”.
O percentual de respostas positivas na série variou de 20,3%, em abril, a 25,5% em novembro. Já Bolsonaro foi de 18,2% em fevereiro a 19,3% em março.
Avaliação do governo
As pesquisas também avaliaram a administração do presidente Bolsonaro. Na do início deste mês, 4,8% aprovaram e 54,4% desaprovaram. Dos que desaprovaram, 37,5% consideraram péssima e dos que aprovaram, 13,5% acham que é ótima. Em relação a aprovação, foi o melhor resultado da série histórica, que vem em crescimento constante, passando de 38,3%, em novembro, para 41,8% em abril. A desaprovação recuou de 58,2% em fevereiro, para 54,4% este mês. No pior momento, em fevereiro, 41% dos entrevistados disseram que a gestão federal é péssima.
Metodologia da pesquisa
A Paraná Pesquisas ouviu 2020 eleitores maiores de 16 anos em 164 municípios brasileiros dos 26 Estados e Distrito Federal entre os dias 31 de março e 5 de abril. No mínimo, foram auditadas simultaneamente à aplicação do questionário 20% das entrevistas. A amostra é representativa do eleitorado da área pesquisada e foi selecionada em três etapas.
Na primeira por sorteio probabilístico dos municípios onde as entrevistas serão realizadas através do método Probabilidade Proporcional ao Tamanho. Na segunda etapa, faz-se um pelo mesmo método para definir as localidades. Na terceira etapa, a seleção do entrevistado dentro da localidade, foi feita utilizando-se quotas amostrais proporcionais, em função das seguintes variáveis: gênero, faixa etária, escolaridade e renda domiciliar mensal.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-08065/2022 e contratada pela BGC Liquidez Distribuidora de Títulos Mobiliários Ltda.