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Lideranças defendem demandas da região

Na segunda-feira (16), secretários estaduais do Esporte e do Turismo, João Barbiero; de Agricultura e Abastecimento, George Hiraiwa; e de Administração Penitenciária, coronel Élio de Oliveira Manoel, participarão de um encontro com a diretoria da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg) e outras lideranças para discutir diversas ações que vêm acontecendo em parceria entre o Município e o governo do Paraná. 
Entre os assuntos discutidos no encontro, marcado para as 18 horas, na sede da Acipg, estará a instalação de uma Central de Abastecimento em Ponta Grossa, a concessão do Parque Estadual de Vila Velha e o sistema penitenciário do Estado e os investimentos no setor previstos para atender Ponta Grossa. A reunião atende demandas que há anos vêm sendo defendidas por diversas entidades e lideranças, como o Movimento Campos Gerais de Igual para Igual, que busca equiparar Ponta Grossa e região às demais cidades de mesmo porte. 
Para o presidente da Acipg, Douglas Taques Fonseca, os três temas abordados pelos secretários são de suma importância para Ponta Grossa. Em virtude disso, os setores produtivos devem estar envolvidos. “A Casa de Custódia é uma necessidade para conter a criminalidade no município, a Ceasa beneficiará não apenas a economia de Ponta Grossa, mas de toda a região. O mesmo se aplica em relação ao turismo, com a concessão do Parque de Vila Velha, que quando administrado de maneira eficiente atrairá muitos turistas para os Campos Gerais”, destaca. 
O Diário dos Campos conversou com lideranças ligadas ao agronegócio, segurança pública e também ao setor de turismo para saber o que pensam sobre os assuntos que serão debatidos na reunião de segunda-feira. Confira trechos das entrevistas. 

Central de Abastecimento 
Em visita recente a Ponta Grossa, a governadora Cida Borghetti adiantou que o Estado vai iniciar os estudos de viabilidade para implantação de uma Central de Abastecimento no município. Ela ressaltou ainda o potencial agrícola da região e o benefício que uma unidade traria aos produtores locais. 

Ivonei Afonso Vieira – secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
"É uma forma para melhorar o fomento da agricultura familiar também para o médio e grande produtor, porque não se pensa em Ceasa apenas em pequena produção. Temos grande confiança no governo para que possamos ter esta instituição em Ponta Grossa, e entendo o trabalho de uma Central de Abastecimento bastante moderna e que possa atender as demandas mais emergenciais no que diz respeito ao desenvolvimento da agricultura e comércio; dentro da propriedade o produtor sabe o que fazer, agora precisamos desenvolver fora da porteira, fomentando a comercialização". 
Gustavo Ribas Netto  – presidente do Núcleo Sindical Rural dos Campos Gerais 
"A discussão deve ser a mais ampla possível com a população consumidora e principalmente com o produtor, porque não tem Central de Abastecimento se não tiver produto. Antes havia resistência para esta efetivação, mas parece que agora ficou muito claro para nós que a intenção do governo é para que isso ocorra. Ponta Grossa sendo um centro rodoferroviário e núcleo regional muito forte necessita disso para impactar diretamente para população, com produto de maior qualidade e menor custo".

Unidades prisionais 
O secretário de Administração Penitenciária, coronel Élio de Oliveira Manoel falará sobre os avanços do sistema penitenciário do Estado e também sobre a Casa de Custódia da cidade. Além disso, até o final de novembro o Estado deve publicar edital de licitação para a construção da nova cadeira pública de Ponta Grossa.

Antônio César Bochenek – juiz federal 
"O pior lugar do estado hoje em termos de estabelecimentos carcerários é Ponta Grossa. Há dez anos que se promete e se fala em construir uma nova unidade prisional – promessa que foi feita em 2008/2009.  Depois, em 2010, o município desapropriou uma área e passou para o estado construir. Em 2012 houve liberação do dinheiro pelo Depen nacional. Foi feito projeto padrão para terreno plano – mas lá é terreno inclinado. Foi feita licitação, mas empresa não cumpriu acordo, o projeto teve de ser refeito. Enfim, foram inúmeras situações até chegar a esta administração com o secretário Élio que está encaminhando o projeto, que deve ser licitado até o fim de novembro". 

 

Jane Villaca – presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) 
"Desde 2011 estamos trabalhando para que estas obras acontecessem. A construção das unidades prevê 752 vagas na cadeia pública de Ponta Grossa e mais 512 vagas no Centro de Triagem. Isso beneficiará não apenas Ponta Grossa, mas toda a região já que muitas cidades estão com presos em delegacias. Estamos numa situação bem complicada: nunca tivemos com tantos presos como agora no Hildebrando de Souza, chegando a 950, 960 . Por isso, torna-se cada vez mais urgente a construção de novas unidades". 

 

Concessão do Parque Estadual de Vila Velha
Outro assunto que será tema da reunião é o projeto de concessão do Parque Estadual de Vila Velha, proposta antiga, mas que vem ganhando força desde que João Barbiero assumiu a Secretaria Estadual de Esporte e Turismo. 

Daniel Wagner – presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares dos Campos Gerais 
"Há mais de dez anos acompanho o processo e temos anseio muito grande para que a concessão aconteça para que isso contribua no desenvolvimento do turismo e Vila Velha possa ajudar a desenvolver no desenvolvimento socioeconômico da região, gerando emprego e renda, contribuindo para a geração de impostos. Temos o 'case' de sucesso que é Foz do Iguaçu, em que há uma empresa pensando, dentro de todas as regras estabelecidas, na atração de turistas. Precisamos dinamizar o processo e enquanto a administração for do Estado, isso não vai acontecer".

 

Edgar Hampf – presidente da Fundação Municipal de Turismo (Fumtur) 
"A posição oficial do Município é em favor da concessão do Parque para a iniciativa privada, porque tem um potencial muito grande mas não está sendo aproveitado da forma que poderia. O turismo tem que ser visto como um negócio e para isso são necessários investimentos pesados. Estudos já realizados revelaram a possibilidade de implantação de grandes empreendimentos no entorno do Parque, o que não seria papel do Estado viabilizar". 

 

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