A lei estadual, de autoria do deputado estadual Marcio Pauliki (PDT), que regulamentou a equoterapia na Polícia Militar do Paraná já começa a trazer resultados. Com a legislação, a PM passa a ter condições de formar parcerias e participar de convênios para receber recursos financeiros. Com isso, o atendimento deve ser ampliado.
Segundo o subcomandante do Regimento de Polícia Montada ‘Coronel Dulcídio’ (RPMon), major Elias Ariel de Souza, se não fosse a lei as ações de equoterapia desenvolvidas gratuitamente pela PM desde 1992 estariam engessadas. A partir de agora temos nosso trabalho reconhecido por direito. Atendemos prioritariamente famílias mais humildes, já que um dos critérios que adotamos é a renda familiar, explica Souza. Hoje são atendidas pela equoterapia da PM 102 famílias e outras 382 estão em fila de espera.
A lei pretende, inclusive, reduzir essa fila de espera. A lei possibilita que façamos convênios e que possamos buscar acesso a recursos, o que irá ampliar nosso atendimento. Temos um convênio em andamento com a Universidade Tuiuti, de Curitiba, que poderá trazer mais profissionais. Sem a lei isso seria impossível, afirma o major.
Além disso, Souza ressalta que a partir de convênios com universidades, a legislação pode trazer benefícios para estudos científicos acerca da equoterapia. Projetos de pesquisa e de extensão das universidades poderão ser desenvolvidas mediante a regulamentação de nossa atividade, salienta.
A equoterapia promove melhorias na coordenação motora, aumento da autoestima e mais independência de crianças com necessidades especiais. É impossível ficar indiferente ao ver o progresso delas com o tratamento. Com a regulamentação, na prática, a Polícia Militar vai conseguir viabilizar mais recursos para a equoterapia e aumentar o número de pacientes atendidos, enfatiza Pauliki.