em

Juros fecham em queda com aposta em Bolsonaro e na estabilidade da Selic

Os juros futuros terminaram a sessão regular desta segunda-feira (22), em queda, que foi expressiva nos contratos de longo prazo, onde se concentram os prêmios de risco do cenário político. Nesta reta final do segundo turno da eleição presidencial, a certeza da vitória do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, se consolidou com o noticiário do fim de semana, destacando a força das passeatas em favor do capitão em várias cidades do Brasil. Nos contratos de curto prazo, as taxas também caíram, refletindo a redução das apostas de alta da Selic nos próximos meses, em meio ao recuo do dólar abaixo dos R$ 3,70 e à perspectivas de que o governo de Bolsonaro será reformista.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019, que melhor reflete as apostas para a Selic até o fim do ano, caiu de 6,488% no ajuste de sexta-feira para 6,47% e a do DI para janeiro de 2020, de 7,554% para 7,44%. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou em 8,34%, de 8,524% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2023 terminou em 9,41%, de 9,643%, e a do DI para janeiro de 2025 recuou de 10,162% para 9,94%.

Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da Levante Ideias de Investimento, atribuiu a trajetória das taxas nesta segunda à "empolgação do mercado com o quadro político". "Hoje não temos grandes movimentos no exterior e, aqui, no fim de semana as manifestações mostraram a força de Bolsonaro", disse o estrategista, para quem esta reta final de eleição será muito positiva para quem está vendido em taxa.

Segundo Bevilacqua, o mercado vem relativizando o noticiário negativo para Bolsonaro, como a de que empresas estariam bancando a disseminação de mensagens contra a campanha do PT pelas redes sociais. Do mesmo modo, não parece haver preocupação com eventuais desdobramentos das declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de que de que "basta um soldado e um cabo" para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta segunda-feira, o Facebook removeu um grupo de 68 páginas e 43 contas da rede social que, juntas, formavam a maior rede pró-Bolsonaro da internet.

Segundo a empresa, os donos dessas páginas violaram as políticas de autenticidade e spam ao criar contas falsas e múltiplas contas com os mesmos nomes para administrar essa rede. O conteúdo compartilhado pelas páginas não teve influência sobre a decisão do Facebook.

No exterior, a maioria das moedas está enfraquecida contra o dólar, mas o real vai na contramão e avança ante a moeda americana, que era cotada em R$ 3,6912 (-0,64%) às 16h22 no segmento à vista. Os juros dos Treasuries estão de lado, com a taxa T-Note de dez anos projetando 3,192%.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.