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Inadimplência de alugueis cresce cinco vezes em Ponta Grossa

A crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus têm afetado diversos segmentos, inclusive o imobiliário. Com o fechamento de estabelecimentos comerciais o faturamento de empresas tem caído, refletindo no pagamento de contas. Em Ponta Grossa, de acordo com estimativas do empresário Carlos Tavarnaro – que também é presidente regional do Sindicato de Habitação e Condomínios (Secovi) – a inadimplência no pagamento de alugueis cresceu em até cinco vezes.

“Não há precedentes, então não há como comparar com outras épocas”, afirma o representante da Tavarnaro Consultoria Imobiliária. Para tentar contornar a situação, muitos locatários têm buscado negociar preços e pagamentos, e segundo ele, 95% dos proprietários têm sido flexíveis. “Eles estão conscientes de que enfrentamos um problema de força maior, mas há muita distinção entre o tipo de problema do locatário. Um salão de beleza que ficou de portas fechadas é diferente de um estudante que voltou para a sua cidade natal por não ter aulas, por exemplo”, avalia o empresário.

A média de redução dos alugueis que tiveram o seu preço renegociado em março e abril em Ponta Grossa varia de 30 a 50%, de acordo com Tavarnaro. “Temos visto ponderação também por parte dos locatários nos pedidos; não há pedidos para ficar três meses sem pagar aluguel, por exemplo. Essas negociações variam muito de caso a caso, porque assim como várias empresas que alugam o imóvel tiveram queda no faturamento, muitos proprietários dependem desta renda para pagar contas”, ressalta.

No caso da imobiliária Torre Blanca, os descontos variam de uma semana de alguel até tr?s meses. “Temos tido várias negociações, especialmente em imóveis comerciais. São segmentos diversos de locatários”, conta o diretor da empresa, Alexandre Devicchi.

Conforme contou à reportagem do Diário dos Campos, a inadimplência teve um leve aumento no caso dos contratos geridos pela sua imobiliária. “O pessoal está buscando soluções de continuidade para manter os contratos que estão em andamento. Teve um aumento na inadimplência, mas a maioria está renegociando valores”, diz Devicchi.

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