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HGU tem novidade no tratamento de AVCs e doenças cerebrovasculares

Recentemente, o Hospital Geral Unimed (HGU) passou a contar com a especialidade de neurorradiologia intervencionista, área da neurologia que utiliza procedimentos minimamente invasivos e tecnologias avançadas de imagem do sistema nervoso central para diagnóstico e tratamento de doenças do encéfalo, medula e vasos cervicais.

De acordo com o médico Jivago Sabatini, a neurorradiologia é vantajosa no tratamento de acidentes vasculares cerebrais (AVCs), principalmente os considerados graves, com obstrução de grandes vasos, que representam cerca de 30% dos casos.

“Hoje, o AVC é a segunda doença que mais mata no Brasil e a que mais causa incapacidade, como comprometimento da fala e nos movimentos. Estima-se que uma a cada seis pessoas terá AVC”, diz.

A técnica utilizada, chamada de trombectomia mecânica, é feita a partir de um cateterismo cerebral, que permite desobstruir o vaso. “Traz para o paciente a possibilidade de receber tratamento especializado em até 24 horas do início dos sintomas, contribuindo para evitar ou reduzir as sequelas causadas pelo AVC”, ressalta Sabatini.

Aneurismas também podem ser diagnosticados e tratados pela especialidade. Segundo o médico, hoje, o risco de sangramento em alguns casos é de 5% ao ano, sendo cumulativo. “Em 10 anos, a chance do paciente ter um sangramento intracraniano devido ao aneurisma é alto, perto dos 50%”.

Na última semana, a novidade possibilitou um tratamento endovascular para aneurisma intracraniano de emergência, procedimento que nunca havia sido realizado no HGU.

“O paciente teve um AVC hemorrágico por um aneurisma que rompeu. A localização era difícil para um acesso neurocirúrgico aberto, quando abre-se a cabeça do paciente. Após exame e avaliação conjunta com o neurocirurgião, optou-se pelo procedimento endovascular, ou seja, com cateteres e guias, em que foram utilizadas espiras de platina [molas], eliminando o risco de ressangramento. Com isso, foi possível prestar o atendimento de emergência, de forma minimamente invasiva, e evitar um desfecho ruim ao paciente com hemorragia intracraniana”, explica o médico.

Outras possibilidades são para malformação arteriovenosa – quando artérias e veias tem uma comunicação anormal e podem se romper, causando sangramento no cérebro ou na medula espinhal -, para angioplastia de carótida e vertebrais no caso de estenoses – que podem causar AVC isquêmico – e para tumores medulares e cerebrais, em que é feito um procedimento de embolização pré-operatória para diminuir o sangramento durante cirurgia, facilitando e dando mais segurança para o cirurgião.

Para Jivago, o avanço das técnicas, o surgimento de novas especialidades e novas oportunidades de diagnóstico e tratamento devem ser agregadas e não excludentes. “Os esforços dos profissionais e a troca de métodos, técnicas e conhecimento entre as diversas especialidades médicas só contribuem para um melhor desfecho para cada caso e para o tratamento do paciente”, finaliza.

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