A greve nacional dos bancários completa amanhã 10 dias e se configura no maior movimento (em termos de adesão) já realizado em Ponta Grossa e na região. Todas as agências bancárias das redes pública e privada estão fechadas no Município, em Palmeira, Imbituva e Piraí do Sul. Em Castro permanece sem atendimento aos usuários a Caixa Econômica. Em Carambeí e Ipiranga é o Banco do Brasil que está fechado. A greve tem adesão de 100% em Ponta Grossa e algumas cidades e de 60% na região, garante o presidente do Sindicato dos Bancários de Ponta Grossa e Região, Gilberto Leite. O Sindicato representa 12 municípios e cerca de mil bancários.
De acordo com ele, a adesão é crescente a cada dia em razão da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) entidade que representa os banqueiros não estar aberta ao diálogo. Na quinta-feira da semana passada, a Fenaban anunciou na imprensa nacional que estava disposta a resolver o impasse. Na segunda e terça-feira desta semana tentamos contato com a Fenaban que virou as costas. Devido a esta postura do banqueiro em não negociar a insatisfação dos bancários aumentou e gerou adesão maior ao movimento, comenta.
A categoria quer reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais reposição inflacionária), valorização do piso salarial, maior participação nos lucros e resultados (PLR), mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral e mais segurança. Os bancos concordam com reajuste de 8%.
Greve
No ano passado, a greve dos bancários teve duração de 15 dias. Gilberto explica que o serviço de compensação dos bancos está funcionando normalmente, porém dentro do valor permitido para pagamento no caixa eletrônico é possível pagar as contas. Quem não conseguir deve procurar as lotéricas e recorrer também a internet.