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Governo deve desistir de duas tarifas

DIFERENÇA Wosgrau ouviu contrariedade de vereadores à proposta

 

O prefeito Pedro Wosgrau Filho (PSDB) deve solicitar a retirada do projeto encaminhado à Câmara Municipal que estabelece tarifas diferenciadas para pagamento em cartão eletrônico e dinheiro no transporte coletivo. Ontem à tarde, ele recebeu os vereadores Maurício Silva (PSB), presidente da Câmara, e Alysson Zampieri (PPS), presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação (CLJR). Eles manifestaram a contrariedade geral dos parlamentares em relação à proposta e, diante da grande possibilidade de rejeição, o prefeito concordou em retirá-la.

Conforme o projeto, a passagem irá custar até 20% mais caro para quem pagar em dinheiro. O valor normal permanecerá para os passageiros que utilizarem o sistema de bilhetagem eletrônica. Considerando o valor atual, de R$ 2,40, o pagamento em dinheiro pode chegar a R$ 2,90. Segundo o governo municipal, a proposta tem por objetivo incentivar o uso da bilhetagem eletrônica, o que proporcionaria maior agilidade e segurança ao sistema.

Zampieri explicou que existem dúvidas quanto à constitucionalidade do projeto. Além disso, Maurício ressaltou que a maioria dos parlamentares não concorda com a proposta de estabelecer tarifas diferenciadas. “Nós entendemos que não é correto utilizar essa forma de persuasão junto aos usuários. Existem outras formas de se incentivar o uso da bilhetagem eletrônica”, argumenta.

Wosgrau disse aos vereadores que a intenção com o projeto era principalmente aumentar a segurança dos passageiros, uma vez que com a menor circulação de dinheiro os ônibus estariam menos suscetíveis a assaltos. “Se a Câmara entender que o projeto não é benéfico, não vemos problema em retirá-lo”, assegurou o prefeito. Após uma conversa com os demais vereadores, o presidente deverá repassar um posicionamento ao Executivo.

Caso o projeto mantenha seu trâmite normal, a tendência é que receba pareceres contrários já nas comissões de Justiça e Finanças, cujos presidentes já manifestaram discordância. A avaliação de Maurício é que dificilmente a matéria seria aprovada pelo plenário.

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