PRÉ-CANDIDATO Gustavo Fruet ao lado de Roberto Busato e Elizeu Chociai durante evento ontem em Ponta Grossa
Mesmo sem exercer mandato político desde fevereiro deste ano, Gustavo Fruet (PSDB) tem sido um dos nomes mais comentados na política paranaense. Pré-candidato à Prefeitura de Curitiba em 2012, o ex-deputado federal é alvo das mais diversas especulações sobre uma possível mudança partidária. Em passagem por Ponta Grossa na manhã de ontem, porém, ele garantiu que seu objetivo é construir um projeto dentro do PSDB. Mas isso desde que os tucanos estejam dispostos e bancar esse projeto.
Fruet participou do curso de formação política coordenado pela Frente Popular, que reúne PTN, PTB, PSL e PTdoB. Durante o evento, ele ministrou uma palestra sobre o tema Reforma Política. Além dele, o ex-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, também falou aos participantes, abordando a lei da Ficha Limpa.
Pré-candidato à Prefeitura da capital, Fruet tem seu nome envolvido em uma possível troca de partido em razão de que o governador Beto Richa (PSDB) pode apoiar a candidatura à reeleição do atual prefeito, Luciano Ducci. Por enquanto, o ex-deputado garante que não há nenhuma mudança em vista. O debate sobre a sucessão municipal começou muito cedo, fazendo com que surja todo tipo de especulação. Eu estou trabalhando com uma definição dentro do PSDB, assegura.
Candidato ao Senado em 2010, Fruet obteve 2,5 milhões de votos, uma diferença pequena em relação ao ex-governador Roberto Requião (PMDB), que acabou sendo eleito. Apesar de não ter sido eleito, ele considerou seu desempenho bastante positivo. Tivemos uma participação muito forte nas cidades e, por conta disso, já existe uma pressão para assumir uma candidatura a prefeito. Resta saber se é possível construir esse projeto dentro do PSDB. O que não dá é para esperar até junho do ano que vem, alfineta.
Ao abordar a reforma política em discussão no Congresso Nacional, o ex-deputado salientou que as mudanças não acontecem da noite para o dia. Não se pode criar a ilusão de que o sistema está todo errado e a reforma política vai resolver todos os males. São muitos temas em debate, mas o melhor é mudar a cultura política brasileira, defende. Para que isso aconteça, Fruet prega a participação da sociedade civil organizada no processo. Precisamos dialogar com a sociedade para melhorar a participação política. Mas isso é algo que não se constrói da noite para o dia.