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Fórum das Águas exige solução para destino do lixo em PG

O Fórum das Águas denuncia que a PGA está recebendo o lixo dos vários municípios vizinhos, como Carambeí e Castro, com destinação em área imprópria / Foto: Divulgação

O Fórum das Águas dos Campos Gerais reuniu mais de 250 pessoas e representantes de entidades sociais na tarde de quinta-feira (12/02) em uma passeata em defesa da área de mananciais Aquífero Furnas, em Ponta Grossa e a solução para o destino do lixo na cidade. Os manifestantes se concentraram das 13h às 14h, em frente à Praça dos Polacos, no centro da cidade, e em seguida caminharam em direção à Câmara de Vereadores e Prefeitura Municipal. Os manifestantes permaneceram em frente do prédio do Palácio da Ronda até às 17h.

Com cartazes, faixas e carro de som, representantes do Fórum das Águas e demais entidades chamaram atenção da sociedade para o problema gerado pela construção do aterro de lixo em áreas de proteção ambiental dos Campos Gerais. O empreendimento denominado Complexo Eco Ambiental de Ponta Grossa (CEAPG) vem sendo construído pela empresa Ponta Grossa Ambiental (PGA), concessionária responsável pela coleta de lixo no município.

O Fórum das Águas denuncia que a PGA está recebendo o lixo dos vários municípios vizinhos, como Carambeí e Castro, com destinação em área imprópria. “Não podemos permitir que Ponta Grossa se transforme em Capital do Lixo”, disse o vereador Antônio Aguinel (PCdoB), ao microfone, em frente à Prefeitura.

Durante a manifestação em frente à Prefeitura, representantes do Fórum das Águas foram recebidos pelo secretário Municipal de Meio Ambiente, Valdenor Paulo do Nascimento (Cenoura), com as seguintes reivindicações: construção de um aterro público em local adequado, conforme apontam estudos detalhados produzidos por pesquisadores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); cancelamento do alvará do Complexo Eco Ambiental Ponta Grossa (CEAPG) com base no Plano Diretor Municipal;  não deposição do lixo de Ponta Grossa no  CEAPG, com assinatura do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público Estadual;  estudos, monitoramento e busca de soluções para o aterro Botuquara; e apoio via Executivo e Legislativo ao Projeto de Lei nº 444/2014, que proíbe a criação de aterro de lixo em área de proteção ambiental.

Representantes do Fórum das Águas disseram que o secretário de Meio Ambiente afirmou que a Prefeitura já identificou três áreas alternativas, onde possa ser construído o empreendimento, mas não chegou a especificar os locais. O coordenador do Fórum das Águas, João Luiz Stefaniak, avaliou positivo o encontro com o secretário. “Conseguimos pautar o governo e sensibilizar o poder público a buscar uma solução, tanto por parte do prefeito, quanto do secretário”.  No dia anterior (11/02), representantes do Fórum das Águas já haviam se reunido com o prefeito Marcelo Rangel (PPS), quando apresentaram as mesmas reivindicações.

Stefaniak disse que o Fórum das Águas deu prazo até 9 de março próximo, para o retorno do secretário de Meio Ambiente em resolver a questão do lixo em Ponta Grossa. Nos dias 8 a 10 de março, o Fórum realiza o “I Seminário em Defesa das Águas”, no Auditório do PDE da UEPG, no campus Uvaranas. O evento contará com palestras de professores pesquisadores e representantes do Ministério Público e Procuradoria Federal para abordagem do problema da construção do aterro de lixo em Ponta Grossa.

Além de Stefaniak, participaram da reunião com o secretário de Meio Ambiente o professor do Departamento de Geociências da UEPG, Mario Sérgio de Melo; vereador Antônio Aguinel (PCdoB) e representantes das seguintes entidades: Sindicato dos Professores e Técnicos da UEPG (Sintespo), Eugênio Francisco da Rosa; Associação dos Usuários do Transporte Coletivo de Ponta Grossa (Autrans), Luiz Carlos Gorchnski;  Laboratório de Mecanização Agrícola da UEPG (Lama), Guilherme Mazer; pré-assentamento Emiliano Zapata, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra  (MST), Célio Rodrigues; e União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umesp), Reinald Mendes.

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