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Fiep apresenta iniciativas para inserir Estado na cadeia de P&G

 

 

As oportunidades que as empresas paranaenses podem aproveitar na cadeia de petróleo e gás – e como devem se preparar para elas – foram tema do “Seminário Pré-sal – Mobilização da Cadeia de Fornecedores”, realizado nesta sexta-feira, na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), em Curitiba. No evento, organizado pelo Grupo RIC Paraná, o Sistema Fiep apresentou iniciativas de qualificação de empresas e capacitação de mão de obra que a entidade vem promovendo para atender as demandas que estão surgindo com os investimentos de U$ 224 bilhões previstos pela Petrobras até 2015.

 

O coordenador do Conselho Temático de Infraestrutura da Fiep, Paulo Ceschin, que representou o presidente Edson Campagnolo na abertura do seminário, afirmou que o Paraná precisa ser criativo para se inserir nos investimentos do pré-sal. “Infelizmente a geografia não nos brindou com um litoral grande e a legislação nos tirou boa parte de nosso mar territorial”, disse Ceschin.

 

Para ele, uma oportunidade para o Estado seria se tornar referência nacional em qualificação de mão de obra e apoio tecnológico para a cadeia de P&G. “A base dessa estrutura já existe, não vamos sair do zero. Falta apenas articulação e vontade política para conseguirmos fazer com que o Paraná seja um polo de capacitação tecnológica e de mão de obra, funcionando como um braço da Petrobras para qualificação”, acrescentou. A partir daí, Ceschin acredita que as empresas paranaenses se sentirão incentivadas a buscar novos negócios. “Tenho certeza que com oferta de mão de obra qualificada e apoio tecnológico, o empresariado paranaense vai continuar investindo no desenvolvimento do Estado”, declarou.

 

Formação

Uma das competências já instaladas no Estado para capacitar empresas e profissionais é o Senai Paraná. Durante o primeiro painel de debates do seminário – com o tema “A necessidade de novas tecnologias e qualificação do mercado” – o gerente regional Curitiba Metropolitana do Senai-PR, Ademir Vicente da Silva, explicou que a instituição já vem trabalhando para atender demandas da Petrobras e outras companhias ligadas à cadeia de P&G.

 

A principal ação até agora ocorreu em Araucária, onde está instalada a Refinaria Getúlio Vargas (Repar), unidade da Petrobras que passa por obras de reforma e ampliação, com investimento total de R$ 7 bilhões. Nas duas unidades do Senai no município, já foram formadas cerca de 40 mil pessoas para atender às necessidades da empresa.

 

Além disso, o Senai-PR já implantou novos cursos em Paranaguá, no Litoral do Estado, para atender a demanda criada com a instalação da Techint, que em breve começará a fabricação de plataforma petrolíferas para a exploração do pré-sal. “Alinhamos com a empresa, fizemos investimentos em nossa unidade e já estamos com cursos de formação em Paranaguá, principalmente para soldadores”, informou o gerente. A instituição também está ampliando seus cursos a distância e por meio de ações móveis, que levam capacitação profissional a todos os pontos do Estado.

 

Consultoria

O Senai-PR também presta auxílio na qualificação das empresas que querem se inserir na cadeia de P&G. “Por meio do Senai Empresas, procuramos atender as indústrias de todos os setores, inclusive na preparação daquelas que querem se adequar aos critérios para se tornarem fornecedoras da Petrobras”, afirmou o gerente de Tecnologia Industrial da instituição, Reinaldo Tockus, que participou do painel “Análise sobre as perspectivas e projeções para a cadeia de fornecedores do Estado”.

 

Para ele, qualificar as empresas para que aproveitem investimentos do pré-sal pode abrir outras oportunidades de negócios para as companhias. “Uma empresa qualificada nos padrões exigidos pela Petrobras abre portas para todo o mercado e não apenas para a cadeia de petróleo e gás”, disse. Tockus acrescentou ainda que os empresários devem se preparar com antecedência para ingressar nesse jogo, já que mudanças nos processos produtivos das indústrias podem levar em média 1 ano e meio para serem implantados.

 

Além das ações diretas de qualificação de mão de obra e de consultoria às empresas, a o Sistema Fiep também trabalha na mobilização dos diferentes atores envolvidos na cadeia de P&G. Criada há quase 2 anos, a Câmara de Petróleo e Gás realiza reuniões mensais em que apresenta oportunidades para as empresas paranaenses.

 

O grupo também já definiu quais iniciativas o Estado deve adotar como prioritárias para aproveitar os investimentos do pré-sal. “Temos a missão de traduzir o que significa esta cadeia produtiva”, afirmou o coordenador da Câmara, o economista Jean Carlos Alberini, que também participou do segundo debate do seminário. “A grande complexidade está em identificar exatamente onde estão as oportunidades dentro do montante gigantesco de investimentos da Petrobras e de outras companhias que vão operar no pré-sal”, completou.

 

Além dos representantes do Sistema Fiep, o seminário promovido pelo Grupo RIC Paraná contou com as presenças do deputado federal André Vargas (PT); do secretário estadual de Indústria e Comércio, Ricardo Barros; do gerente geral da Repar, João Adolfo Oderich; e do presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento, Gilberto de Camargo; além de presidentes e integrantes de outras federações e associações empresariais.

 

 

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