Até 30 de abril, o Canal da Música, em Curitiba, vai sediar a exposição ‘O Brasil Sertanejo de Inezita Barroso’. São fotos, o histórico da vida da artista, que morreu no início do mês, e suas principais canções, que podem ser ouvidas nos totens montados no local. Também há espaços ambientados, como os de uma casa na roça.
Arnaldo Alves/ANPr
A abertura da mostra, nesta quarta-feira (18), teve a participação do músico Maikel Monteiro, especialista na obra de Inezita. Ela mostrou o Brasil para os brasileiros, esta foi a marca do seu trabalho. Cabe a nós, músicos do País, continuarmos o que ela começou, disse Maikel.
Os violeiros Tietê João Peceguini e Luciano Pasinato cantaram algumas das músicas que foram sucesso na voz de Inezita Barroso. Para nós, é uma honra reverenciar o trabalho dela. Inezita foi modelo no respeito à cultura brasileira para várias gerações, afirmou Peceguini.
Perfil
Ignez Magdalena Aranha de Lima nasceu em 4 de março de 1925, no bairro da Barra Funda, em São Paulo. Criada na tradição paulista, ela cresceu sob influências dos mais variados gêneros musicais. A fazenda da família, no Interior do Estado, despertou nela a paixão pela música caipira e pelas tradições populares. Aos sete anos, começou a cantar e a estudar violão, viola e piano.
O nome artístico surgiu aos 25 anos, quando ela uniu o apelido de infância, Inezita, ao sobrenome do marido, Barroso. Inezita gravou o primeiro disco em 1952 pela gravadora Sínter, o qual deu origem aos outros 100 discos que lançou ao longo da carreira. Em 2013, a dama da música de raiz lançou o primeiro DVD, Inezita Barroso – Cabocla Eu sou.
Com cerca de 200 prêmios no currículo, Inezita foi uma das cantoras mais premiadas do Brasil. Na TV, a carreira da artista teve início na TV Record. Em seguida, passou pela extinta TV Tupi e outras emissoras, até chegar à TV Cultura, onde apresentava o programa Viola, minha Viola. No rádio, comandou por 10 anos, diariamente, o programa Estrelas da Manhã nos canais Record, USP e Rádio Cultura AM.