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“Eu tenho uma dívida com Ponta Grossa”, diz Gleisi

Ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, destaca parceria com a cidade de Ponta Grossa e diz que anúncios de investimento não tem relação  com a disputa eleitoral em 2014

 

Arquivo DC

Gleisi confirma que tem atenção especial para a cidade e a população de Ponta Grossa

 

 

Em seu retorno ao Paraná, nesta semana para a liberação de obras para o metrô de Curitiba e também a liberação de áreas para a cidade de Ponta Grossa, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, destacou a importância da parceria entre o Governo Federal e os municípios. Além disso, reforçou que tem uma dívida com Ponta Grossa e outras cidades do Estado que a ajudaram a estar em Brasília, primeiramente no Senado e agora em um cargo de alta importância ao lado da presidente Dilma Roussef.

 

Diário dos Campos – Como a senhora destaca a importância dessa cessão da área para o município de Ponta Grossa que vinha num processo bastante lento?

GLEISI HOFFMANN – Na realidade o processo já estava há tempos na Secretaria do Patrimônio da União (SPU). Já havia o pedido e estava tramitando e coincidiu que no final do processo conseguimos uma maior agilidade. A prefeitura se empenhou muito também, conversou com a ministra e eu também conversei com a ministra Miriam [Belchior, do Planejamento] por conhecer a situação e local e saber das dificuldades de trânsito, com muitos acidentes e até com mortes de pessoas. Acredito então que houve uma feliz coincidência de conseguirmos fazer com que o processo saísse finalmente. Mas quando a prefeitura acompanha a gente tem mais agilidade não só na liberação de áreas, mas também na questão de obras e verbas orçamentárias.

 

DC – Com relação as cessões de terrenos no PR e em todo o Brasil. Como a senhora avalia esse novo direcionamento de áreas da União?

GLEISI – É fundamental. Tanto para obras importantes como em regularização de áreas ocupadas. Por exemplo, uma área regularizada pela união e que agora está tendo titulação é a Ilha de Valadares em Paranaguá. Não tinha sentido a União ficar com uma área retida como essa e agora vem sendo garantida a regularização. Então o foco do governo, já foi com o presidente Lula, e continha agora com a presidente Dilma, é fazer com que as áreas tenham utilidade para a comunidade. Para a união não adianta ficar com um monte de terra, de propriedade, porque isso não vai fazer diferença. É preciso fazer com as pessoas sintam a utilização e se sintam beneficiadas. Esse é o objetivo.

 

DC – Existem outras áreas em estudo?

GLEISI – Existem pedidos, tem coisas em estudo em várias regiões do Estado. Tem o barracão do IBC em Wenceslau Braz e também área para construir casas em Laranjeiras. E todas estão em processo de avaliação e tem uma tramitação para que sejam liberadas. O Paraná tem vários pedidos e eu particularmente tenho acompanhado porque as pessoas sempre me passam a situação do Estado e o Ministério acaba me ouvindo porque conheço a realidade daqui. Então além de todo o processo, com vistorias, ajudo e procuro colaborar com essa avaliação. São várias áreas e logo teremos mais algumas liberadas.

 

DC – E como se dá a relação com a cidade de Ponta Grossa?

GLEISI – É verdade. Eu tenho uma dívida muito grande e uma gratidão com o município de Ponta Grossa. Eu não estou mais no Senado, estou como ministra e o meu foco agora tem sido outro, mas não esqueço que Ponta Grossa me deu uma das maiores votações no Estado do Paraná. O compromisso que tenho com os paranaenses é grande, apesar de estar em um ministério que cuida do Brasil e o meu foco é esse de ajudar a presidente da República. Eu tenho muita gratidão com o Paraná e as regiões que caminharam comigo e que me levaram para Brasília.

 

DC – Ano que vem eleições municipais como tem visto essa ligação com a cidade e como analisa o panorama eleitoral?

GLEISI – Não tenho acompanhado muito de perto como que está a sucessão na cidade, mas sei que podem ter vários candidatos para disputar as eleições. O PT quer participar desse processo e com certeza nós vamos fazer uma ação tentando unir a base aliada que dá sustentação ao governo da presidente Dilma. Essa pela menos é a orientação do partido e sei que é também a orientação da direção estadual também. É cedo para falar, mas acompanho de perto o nome do Péricles [Mello, deputado estadual], que já foi prefeito e é pré-candidato. E com certeza se for candidato terá o nosso apoio, mas em termos de composição temos de esperar um pouco mais até para ver se configura um quadro de disputa ou de aliança.

 

DC – E os rumores de que a liberação da verba do metrô de Curitiba tenha a ver com a pré-campanha ao governo do Estado?

GLEISI – Fiquei muito triste com essa politização de um evento tão importante porque o povo paranaense, a imprensa, as nossas lideranças sempre cobram um olhar do governo federal para com o Paraná. A presença da presidente, a liberação de recursos e todos os paranaenses estão muito empenhados, independente de questão partidária. Eu particularmente defendi o metrô e defendia há muito tempo. Colaborei e ajudei o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, assim fez a ministra Miriam, como a presidente se empenhou. É um bom projeto, tinham os recursos para serem definidas as prioridades e todos nós nos esforçamos muito e não pensamos no processo eleitoral. Fiquei muito triste com a presidente ser recebida com esse tipo de notícia e por isso até considerei um desrespeito.

 

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