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“Estou conhecendo o outro lado da moeda”, admite Romário

Rodrigo Covolan
De passagem por Ponta Grossa, ex-jogador, Romário admite que ingressou na política graças ao futebol

 

 

 

Romário de Souza Faria recebeu cerca de quatro milhões de votos nas eleições do ano passado, sendo um dos senadores mais bem votados do país. Se antes o carioca de 49 anos tinha como trunfo em sua carreira os feitos como jogador de futebol, hoje o parlamentar está em seu segundo mandato no legislativo (antes tivera quatro anos como deputado federal, também pelo PSB) e emplaca um perfil de novo político, que tenta desvencilhar a imagem da política tradicional, além de defender bandeiras como políticas de inclusão e combate à corrupção no futebol, justamente onde o senador se tornou mais conhecido da população.

“É um outro lado da moeda que estou conhecendo. Dei coisas positivas ao meu país através do futebol, tenho consciência de que foi o futebol que me levou até aqui e vou trabalhar para tornar um país melhor”, disse o senador, que esteve em Ponta Grossa na última semana para acompanhar a abertura do Fórum do Programa de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho (PROPcD).

Filiado ao PSB, o senador rompeu com a base governista, assumiu a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e admite que a condução das investigações têm sido auxiliadas por profissionais de outras áreas. “São profissionais especializados, de órgãos como Ministério Público, Banco Central, de suma importância, de relevância, que estão auxiliando nesse cruzamento de dados”, disse.

Ao assumir a cadeira no Senado, Romário voltou a artilharia justamente para aqueles que foram dirigentes na época em que ele atuava dentro de campo. “O futebol brasileiro nos últimos anos tem sido comandado por corruptos, gente que enriqueceu ilicitamente”, afirmou, categoricamente.

Outra bandeira defendida por Romário desde que assumiu a faceta política é defender temas ligados à defesa dos direitos das pessoas com deficiência e doenças raras. O ex-atacante tem uma filha que é portadora da síndrome de Down. “No que depender de mim esse será um assunto que será sempre pauta”, disse, durante o lançamento do Fórum do PROPcD.

O tema, inclusive, é apontado por ele mesmo como uma de suas principais conquistas quando deputado. ORomário conseguiu inserir artigo na Lei nº 12.470 de 2011, para que os deficientes de baixa renda que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), auxílio de um salário mínimo, tenham apenas a remuneração suspensa quando conseguirem um emprego. Dessa forma, caso o deficiente perca o emprego, a remuneração é automaticamente restabelecida. Já os deficientes estagiários vão receber a remuneração do benefício, mais o salário do estágio.

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