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Entenda como é formado o preço da gasolina

Foto: José Aldinan/DC

O reajuste de R$ 0,61 no litro da gasolina aplicado pela Petrobras às distribuidoras provocou uma alta generalizada de preços nas bombas de combustível e reacendeu a antiga discussão de como é formado o preço da gasolina. Afinal, em alguns postos a alta foi superior à anunciada pela Petrobras.

Isso acontece porque os reajustes são válidos para o preço de venda da Petrobras às distribuidoras. O acréscimo ao consumidor na bomba do posto normalmente chega diferente porque o valor ainda é somado a impostos estaduais e federais e também à margem de lucro dos outros atores da cadeia. Entenda mais a seguir.

Como é formado o preço da gasolina?

As distribuidoras de combustível compram nas refinarias a gasolina tipo “A”. Atendendo à legislação brasileira, a gasolina vendida nos postos deve ser misturada com Etanol Anidro, na proporção de 73% de gasolina e 27% etanol; no caso da gasolina aditivada, a parcela de mistura do combustível derivado da cana-de-açúcar cai para 25%. 

Desta maneira, no preço que o consumidor paga está incluído o preço de realização da Petrobras, o custo do etanol (que é definido livremente pelos seus produtores) e os custos e as margens de comercialização das distribuidoras e dos postos revendedores, bem como todos os impostos devidos.

A Petrobras disponibiliza em seu site informações semanais sobre a composição dos preços dos combustíveis. Confira abaixo os dados da última pesquisa, datada da semana de 27/02 a 05/03.

Alta no preço dos combustíveis

A Petrobras anunciou ontem (10) novas altas no preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha (GLP). Os reajustes são válidos a partir de hoje (11) e são de 18,8% para a gasolina, 24,9% para o diesel e 16% para o GLP.

  • Gasolina: alta de R$ 0,61/litro. Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro, a alta é de R$ 0,54/litro.
  • Diesel: alta de R$ 0,90/litro. Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel, a alta é de R$ 0,8/litro.
  • Gás de cozinha (GLP): alta de R$ 0,62 por kg. No botijão de 13 kg, o mais comum no uso residencial, a alta é de R$ 8,06.

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