Mesmo com a rodoviária fechada desde março – e, de acordo com a Prefeitura Municipal, sem previsão de reabertura – as principais empresas de transporte intermunicipal de Ponta Grossa têm operado viagens com origem e destino na cidade, ainda que com quantidade de linhas reduzida. Mas, mesmo com a queda significativa na demanda, os empregos dos motoristas, atendentes e demais funcionários têm sido preservados, de acordo com as assessorias de imprensa das transportadoras de passageiros. A reportagem do Diário dos Campos entrou em contato com o Expresso Princesa dos Campos, Viação Garcia e Viação Iapó questionando a queda nas viagens oferecidas e quais as decisões trabalhistas adotadas para o período de pandemia.
A Viação Iapó afirmou que dos oito horários diários comumente disponibilizados entre Ponta Grossa e Carambeí manteve três. As quinze viagens diárias para Castro foram suspensas completamente devido ao decreto municipal que proíbe a circulação de ônibus intermunicipais na cidade próxima à Ponta Grossa. Quanto aos funcionários, a empresa informou que ainda não aderiu a nenhuma medida, mas que planeja antecipar férias de aproximadamente oitenta colaboradores, entre motoristas, trocadores, pessoal de limpeza e mecânicos, por exemplo.
O Grupo Garcia – Brasil Sul informou que está com apenas 10% da sua frota em circulação, já que 90% dos ônibus deixaram de operar nos Estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Inicialmente, a empresa concedeu férias para mais de 70% do seu quadro de colaboradores, que soma cerca de 2,5 mil trabalhadores, e acordou banco de horas para motoristas e equipes das áreas administrativas e de apoio.
“Após a decretação da Medida Provisória 936 pelo governo federal, a companhia reduziu em 50% a jornada de trabalho de 3% do quadro de colaboradores, e suspendeu contratos de 80% dos colaboradores. Atualmente 17% do quadro está em atividade”, disse a assessoria de imprensa. A reportagem do DC solicitou dados regionais, mas até o fechamento desta reportagem não obteve retorno da empresa.
Já o Expresso Princesa dos Campos afirmou que, por enquanto, nenhum trabalhador de Ponta Grossa teve redução de jornada, suspensão contratual ou recebeu férias, apenas aqueles que já tinham o período programado. Desde o dia 16 de março a empresa adotou uma série de medidas preventivas; entre elas, a permissão da adoção de home office, por exemplo. A reportagem do DC solicitou dados regionais sobre a mudança na grade de horários de viagens, mas até o fechamento desta reportagem não obteve retorno da empresa.
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Como alternativa ao fechamento da rodoviária as garagens das empresas têm sido utilizadas como pontos de embarque e desembarque (Foto: José Aldinan)