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Empresa e Prefeitura de Teixeira Soares chegam a consenso

Em entrevista ao Diário dos Campos em meados do ano passado, o prefeito de Teixeira Soares, Lula Thomaz (PSB), havia destacado que era contra a implantação de aterro sanitário na Colônia Guaraúna, zona rural do município. No entanto, Zero Resíduos e Prefeitura acabaram entrando em consenso. Lula relembra que em abril de 2012, a prefeitura, em gestão anterior à sua, emitiu certidão de uso de ocupação de solo para realização do empreendimento. No entanto, em 2013, depois de realizada audiência pública e de verificar que os moradores da colônia eram contrários à instalação do aterro, o Executivo protocolou manifesto junto ao IAP com o intuito de vetar o empreendimento. "Quando assumi, diante da opinião contrária da população, também fui contrário à instalação. Mas, a empresa nos apresentou as licenças do IAP e toda a documentação. Com isso, eles demonstram que estão seguindo todas as etapas ambientais e não temos como ir contra as leis", explica o prefeito, acrescentando que, diante disso, o alvará de construção do aterro foi concedido pela Prefeitura em dezembro de 2018.
Tendo em vista que está certa a implantação do aterro no município, o chefe do Executivo explica que o administração tentou tirar o maior proveito possível para o Município. "Assim, ficou acordado que serão gerados 50 empregos diretos, todos do município – da cidade e da colônia -, a empresa fará a conservação das estradas, cederá um caminhão para a coleta de lixo e, o grande diferencial: eles receberão todos os resíduos de Teixeira Soares". Além disso, a empresa fará alteamento da cota da Estrada do Kalinoski em trecho de aproximadamente 500 metros nas proximidades da ponte sobre o rio Tibagi, o que deve evitar inundação da via. 
Segundo o prefeito, atualmente os resíduos gerados no município são levados até aterro em Piraí do Sul. Por mês, explica, são transportados cerca de 65 toneladas, com custo de cerca de R$ 12 mil mensais à Prefeitura. "Com o aterro em Teixeira Soares, poderemos fazer a disposição final dos resíduos sólidos sem custos ao Município, de até 100 toneladas/mês", aponta. "Aos poderes Executivo e Legislativo caberá fiscalizar o funcionamento do aterro", finaliza. 

MP acompanha processo de instalação 
Diante da polêmica gerada na construção do aterro sanitário em Teixeira Soares, e de denúncias feitas, a Promotoria de Justiça da comarca de Teixeira Soares acompanha o processo de  instalação do aterro sanitário. A promotora de Justiça, Ana Caroline Monteiro de Moraes, em despacho de 8 de janeiro, determinou que seja contatado o Centro de Apoio das Promotorias de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente e de Habitação e Urbanismo, informando sobre a concessão de licença de instalação, e questionando sobre data de vistoria in loco; que se comunique à comunidade da colônia sobre o andamento do feito e que oficie a Prefeitura de Teixeira Soares para que se manifeste sobre a licença de instalação, bem como sobre como serão realizadas as compensações ambientais propostas pela empresa Zero Resíduos. 
 

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