Deixamos de colher 1,9 milhão de hectares por conta desse fenômeno, disse a engenheira agrônoma Larissa Leone Isaac Souza, supervisora da pesquisa. Nos cultivos de milho e de feijão, por exemplo, houve redução de área colhida de 447,1 mil hectares e de 280,5 mil hectares, respectivamente, na comparação com 2015.
Apesar da queda na área colhida, o valor da produção subiu 20% em 2016, chegando a R$ 317,5 bilhões. Segundo o IBGE, o aumento foi impulsionado pelo aumento significativo dos preços dos produtos, sobretudo da soja, do milho e da cana-de-açúcar.
Na soja, o aumento do valor de produção foi 16,1% em relação a 2015, com valor da tonelada atingindo R$ 1.089,30, o que dá média por saca de R$ 65,34. O valor total da produção do grão foi R$ 104,9 bilhões em 2016.
Na cultura do milho, o acréscimo de valor foi de 26,5%, com total de R$ 37,7 bilhões (R$ 587,58 por tonelada e média de R$ 35,25 por saca). Já o valor da produção da cana-de-açúcar subiu 18,3%, somando R$ 51,6 bilhões, o que significa R$ 67,13 por tonelada. Juntos, os três produtos responderam por 61,2% do valor de produção nacional. São o nosso carro-chefe na questão da produção, destacou a supervisora da pesquisa.
Grãos
A produção de grãos (cereais, leguminosas e oleaginosas) caiu 11,4% em 2016 em relação ao ano anterior, chegando a 185,8 milhões de toneladas. Os dois principais produtos desse grupo foram soja, que representou 51,8% do total produzido; e o milho, com 34,5%. O valor de produção dos grãos subiu 19% em 2016, chegando a R$ 174,2 bilhões.