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“É uma polêmica vazia de sentido”, comenta Esméria, sobre uso de preto em desfile 

Sobre a repercussão nas redes sociais e críticas por ter usado roupa preta no desfile cívico de Independência, realizado em Ponta Grossa no sábado (7), a secretária municipal de Educação, Esméria de Lourdes Saveli, considerou a polêmica vazia de sentido. Em nota, ela explica que já desfilou de preto em ocasiões anteriores. Destacou que também outros integrantes da Secretaria fizeram o mesmo e que havia pessoas com diversas cores diferentes, passando pelo vermelho, roxo, azul e branco, entre outras.

Em relação à frase de Paulo Freire estampada na camiseta, a secretária lembrou que o patrono da educação brasileira é o tema central do Congresso de Educação e da Feira do Livro deste ano, que discute Gestão Democrática e Justiça Social, à luz da obra do educador – e que por isso utilizou a roupa contendo a mensagem. Esméria destacou que é ‘freiriana’ desde o início de sua carreira e que as ideias de Freire contribuem decisivamente para o sucesso da educação em Ponta Grossa. Lembrou também que a frase em destaque na camiseta – 'A Escola não transforma o mundo, transforma as pessoas. As pessoas mudam o mundo' -demonstra o apreço de Freire pela Educação e leva uma mensagem amorosa ao povo brasileiro.

A polêmica se deu porque, especialmente em manifestações nas redes sociais, muitas pessoas associaram o uso da roupa preta por Esméria como um protesto ao governo federal. Isso porque dias atrás o presidente Jair Bolsonaro (PSL) convidou as pessoas para sair às ruas de verde e amarelo nessa data. Mas, diversos grupos oposicionistas ao governo federal rebateram com um apelo para que as pessoas vestissem preto, em protesto ao governo federal.

Para completar a polêmica, as práticas pedagógicas defendidas pelo educador Paulo Freire, autor da frase estampada na camiseta da secretária têm sido criticadas pelo presidente Jair Bolsonaro. Há alguns meses, em entrevista, o presidente chegou a afirmar que mudaria o patrono da Educação brasileira, título concedido a Paulo Freire , que morreu em 1997. Em seu plano de governo, Bolsonaro afirmou ainda que iria "expurgar a filosofia freiriana das escolas".

 

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